São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2005

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TELEVISÃO

País perde R$ 192 mi com 'horário eleitoral'

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

O "horário eleitoral gratuito" só é gratuito para os políticos. Indiretamente, todo contribuinte paga por ele. Estudo que a Receita Federal acaba de concluir estima que em 2006 deixarão de ser arrecadados R$ 191,6 milhões por benefício fiscal para compensar o "horário eleitoral gratuito".
Esse valor, que equivale a quase o faturamento anual da Rede TV!, é o quanto a Receita calcula que emissoras de rádio e TV abaterão do Imposto de Renda pela exibição, ao longo de 2005, de programas e inserções avulsas de partidos políticos, mais a campanha do referendo do desarmamento, que está ocupando 48 minutos diários da grade de cada emissora.
As emissoras podem abater do Imposto de Renda 80% do custo de tabela do espaço ocupado pela propaganda partidária.
As estimativas da Receita costumam errar por muito pouco. Em 2001, por exemplo, estimou um benefício fiscal de R$ 129 milhões. De fato, naquele ano as emissoras abateram R$ 127 milhões por "horário eleitoral gratuito".
Em 2005, a Receita estima em R$ 283 milhões o benefício fiscal pela propaganda política. Isso porque em 2004 houve eleições municipais e o espaço ocupado pelos partidos na TV e no rádio foi muito maior do que em 2005.
Os R$ 191,6 milhões que a Receita deixará de arrecadar em 2006 pela propaganda de 2005 equivale a 0,01% do PIB e a 0,45% do total de benefícios fiscais do país.

OUTRO CANAL

Economia Para reduzir custos, a Band vai usar profissionais de suas emissoras de rádio para produzir o "Band Vida", maratona televisiva para arrecadar recursos para entidades beneficentes. A emissora iria empregar no evento (ainda sem data) a equipe do "Dia Dia", mas desistiu da idéia e demitiu todos os profissionais do extinto programa feminino.
Frente A GGP, empresa de Gugu Liberato que realiza o "SBT Rural" (SBT) e o "Domingo da Gente" (Record), deve produzir também o novo programa de Márcio Garcia, que entrará no ar ocupando parte do horário de Raul Gil aos sábados na Record.
Batismo 1 Vai se chamar Jornalista Roberto Marinho o edifício de dez andares que a Globo começa hoje a construir hoje no Brooklin, zona sul de São Paulo, e que a partir de 2007 abrigará quase todos os profissionais da emissora na cidade (menos os de produção de programas e do jornalismo).
Batismo 2 A Globo resolveu abrir os custos da obra. Serão gastos R$ 35 milhões para erguer o edifício, que, avalia o mercado imobiliário, poderá valer R$ 115 milhões quando pronto. A Globo diz também que, apesar de planejar construir uma nova torre para transmissões digitais, não pretende tirar sua antena analógica do prédio da TV Gazeta, na avenida Paulista.

E-mail - daniel.castro@uol.com.br

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