São Paulo, quarta-feira, 03 de outubro de 2007

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Crítica

Exibicionismo de Allen mina "Match Point"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O ponto de partida de "Match Point - Ponto Final" (HBO Plus, 23h15) é ótimo: um ex-jogador de tênis (Jonathan Rhys Meyers), atualmente instrutor de uma rica família, apaixona-se pela noiva (Scarlett Johansson) de seu patrão e amigo.
Os dois são nitidamente mais pobres do que os ricos da história. Por que são, então, recebidos de forma tão amigável? Ela porque é bonita. Ele porque foi um jogador famoso, portanto uma celebridade. O melhor do filme de Woody Allen é, possivelmente, essa observação sobre a maneira como celebridades esportivas ou artísticas vencem essas barreiras feitas para ser intransponíveis.
O que se segue é uma trama que caberia muito bem num policial noir. Mas aí sai Woody Allen, o escritor da história, e entra Woody Allen, o diretor que parece gritar a cada plano: "Ei, eu estou aqui, veja como eu sou inteligente, esperto e, quando quero, engraçado". Como o protagonista do filme, cada um tem seu ponto fraco. Às vezes, decisivo.


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