São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2011

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CRÍTICA ROCK

Com hits e novas canções, Coldplay faz um dos melhores shows do festival

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

Voltando ao Brasil cerca de um ano e meio após sua última passagem, o Coldplay mostrou um repertório renovado em seu bom show no Rock in Rio, anteontem, apresentando muitas canções de seu próximo álbum, "Mylo Xyloto", que será lançado em 24 de outubro.
As novas músicas (foram sete, num show de 18), como a balada "Us Against the World" e a animada "Every Teardrop Is a Waterfall", se encaixaram bem entre os sucessos da banda, fazendo com que a apresentação tivesse fluência, mantendo o astral dos fãs sempre alto.
"Mylo Xyloto" é um disco conceitual -suas músicas são encadeadas de modo a contar uma história-, um caminho que a banda escolheu "porque acreditamos no álbum como formato", segundo o vocalista Chris Martin.
"É tão difícil fazer com que as pessoas escutem álbuns inteiros hoje em dia", disse Martin. "Então pensamos, vamos tentar fazer um álbum que tenha uma jornada do início ao fim."
O vocalista também disse achar o novo CD "um pouco mais otimista do que os anteriores", e é possível argumentar que esse otimismo transbordou para o show leve e feliz que o quarteto mostrou.
Única banda internacional do sábado com status suficiente para tocar para 100 mil pessoas (as outras foram Maroon 5 e Maná), o Coldplay mostrou como é calejado em shows para multidão.
O repertório extremamente acessível, mesclando baladas e rocks leves, somado à simpatia do vocalista e a um apuro visual como ninguém havia mostrado no festival garantiram uma apresentação tecnicamente impecável.
Martin é hábil em mexer com seus fãs: faz caras e bocas para o público feminino, ergue a bandeira do Brasil, grafita a palavra Rio com um coração no lugar do o, faz citação de "Mas que Nada" no meio de uma canção, corre, pula, se dedica ao espetáculo, faz valer o ingresso.
Em termos musicais, a banda se garante com um repertório sólido de baladas (algumas muito belas, como "The Scientist", que Martin leva ao piano) e rocks de estádio (como "Viva la Vida", com seu coro de "ôôôô") para todos cantarem juntos.
Martin terminou a apresentação com uma camiseta em que se lia "Rio, eu amo, eu cuido" -lema de um movimento de voluntários, mas, mais do que isso, uma boa frase para representar o carinho que mostraram com o público.

COLDPLAY
AVALIAÇÃO ótimo



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