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AFTER HOURS
Peaches e Marlboro liberam sacanagem
FERNANDA MENA
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Hedonismo foi a palavra de ordem da última noite do After
Hours do TIM Festival. O palco
abriu com atraso, mas, por outro
lado, a balada foi a mais longa das
três noites de evento. Até às 8h,
centenas de pessoas ainda se arrebitavam na pista ao som do DJ
Marlboro e de suas tchutchucas,
tigrões, cachorras convidados.
Lotado, o After Hours tinha como grande atração a canadense
bagaceira Peaches, que subiu ao
palco sozinha para cantar sobre
bases pré-gravadas em um show
performático de electro-punk
cheio de insinuações nada sutis e
de sacanagens explícitas -como
quando um grupo de funkeiras
subiu ao palco trazendo bananas
presas à boca, à calça e ao sutiã para alimentar a diva Merril Nisker,
que ainda fez strip-tease, gritou e
até cuspiu "sangue" na platéia. Entre um hit e outro, do aclamado
"Teaches of Peaches" e do novo
"Fatherfucker", Peaches provocou
a platéia e chegou a tirar a câmera
da mão de uma garota para colocá-la entre as pernas e disparar
uma foto. Trash no último.
O grand finale ficou por conta
de duas meninas que a canadense
puxou da platéia para cantar
"XXXX" com ela. Como agradecimento, um demorado beijo de
língua em cada uma delas, que toparam a brincadeira.
Em seguida, o After Hours virou
em um verdadeiro baile funk. DJ
Marlboro desceu o batidão
do funk dos morros cariocas e
transformou o palco do evento
em um território neutro e
popular em que clubber, mauricinhos e até punks se misturaram
ao pessoal da segurança e
da limpeza, que já haviam terminado o trabalho, para requebrar como podiam, de olho na
desenvoltura das garotas que
dançavam no palco. MC Serginho
e Lacráia e a desbocada
Tati Quebra-Barraco divertiram
o público com refrões de engraçados, como "capica na
chimbica", e outros impublicáveis.
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