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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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AFTER HOURS

Peaches e Marlboro liberam sacanagem

FERNANDA MENA
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Hedonismo foi a palavra de ordem da última noite do After Hours do TIM Festival. O palco abriu com atraso, mas, por outro lado, a balada foi a mais longa das três noites de evento. Até às 8h, centenas de pessoas ainda se arrebitavam na pista ao som do DJ Marlboro e de suas tchutchucas, tigrões, cachorras convidados.
Lotado, o After Hours tinha como grande atração a canadense bagaceira Peaches, que subiu ao palco sozinha para cantar sobre bases pré-gravadas em um show performático de electro-punk cheio de insinuações nada sutis e de sacanagens explícitas -como quando um grupo de funkeiras subiu ao palco trazendo bananas presas à boca, à calça e ao sutiã para alimentar a diva Merril Nisker, que ainda fez strip-tease, gritou e até cuspiu "sangue" na platéia. Entre um hit e outro, do aclamado "Teaches of Peaches" e do novo "Fatherfucker", Peaches provocou a platéia e chegou a tirar a câmera da mão de uma garota para colocá-la entre as pernas e disparar uma foto. Trash no último.
O grand finale ficou por conta de duas meninas que a canadense puxou da platéia para cantar "XXXX" com ela. Como agradecimento, um demorado beijo de língua em cada uma delas, que toparam a brincadeira.
Em seguida, o After Hours virou em um verdadeiro baile funk. DJ Marlboro desceu o batidão
do funk dos morros cariocas e transformou o palco do evento em um território neutro e
popular em que clubber, mauricinhos e até punks se misturaram ao pessoal da segurança e
da limpeza, que já haviam terminado o trabalho, para requebrar como podiam, de olho na
desenvoltura das garotas que dançavam no palco. MC Serginho e Lacráia e a desbocada
Tati Quebra-Barraco divertiram o público com refrões de engraçados, como "capica na
chimbica", e outros impublicáveis.


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