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O melhor do dia / Crítica
"De Repente..." é pesadelo psicológico desconcertante
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Era terrível a dramaturgia de
Tennessee Williams, supunha
sempre um desnudamento terrível, o desenterrar de verdades
que os personagens querem esconder com cuidado.
Ela é bela e terrível em "De
Repente, no Último Verão"
(TCM, 22h, 12 anos), de Joseph
L. Mankiewicz, em que uma rica viúva (Katharine Hepburn)
quer que um médico (Montgomery Clift) faça lobotomia em
sua bela e perturbada sobrinha
(Elizabeth Taylor), que responsabiliza pela morte de seu filho.
O médico reluta em realizar
a operação e, nesse meio tempo, as relações que se tecem o
levam a buscar os motivos por
que a senhora está tão determinada a forçar tal operação.
É fantástico e desconcertante. Mas, para sair do clima de
pesadelo psicológico, o canal
propõe, a seguir, "Sansão e Dalila" (23h55, livre), de DeMille,
e "O Diabo a Quatro" (2h10, livre), com os irmãos Marx.
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