São Paulo, sábado, 03 de dezembro de 2005

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CRÍTICA

Banda guia os 40 mil fiéis

DA REPORTAGEM LOCAL

Parecia um enorme templo religioso o estádio do Pacaembu, ontem, durante as pouco mais de duas horas do show do Pearl Jam. Eddie Vedder, o carismático vocalista do grupo norte-americano, lembrava um Messias guiando seus fiéis, que mostravam reverência ao ídolo cantando sem parar, sob chuva, as 25 canções que a banda apresentou.
Difícil presenciar tamanha comunhão de um público grande (40 mil) para um grupo de rock.
O Pearl Jam, que sempre muda as músicas de um show para outro, acertou em cheio ontem. Eles têm incontáveis hits, e os mais conhecidos pelos fãs brasileiros foram tocados: "Alive", "Even Flow", "Black", "Last Kiss".
Bastante à vontade, Eddie Vedder falou muito em português e, entre uma canção e outra, dava um gole numa garrafa de vinho -já os bares do estádio pararam de vender álcool às 19h. "Temos chuva, como em Seattle. Por favor, cuidem bem um do outro." Nem precisava o aviso: o clima no Pacaembu era de celebração.
"Once", "Hail Hail", "Given to Fly" e "Betterman", uma semibalada linda, animaram o set. Na volta para o bis, a chuva deu um descanso. Vedder dedica "Man of the Hour" a Johnny Ramone, morto em 2004. E tocam "I Believe in Miracles", dos Ramones. "Don't Gimme no Lip" foi cantada pelo guitarrista Stone Gossard.
No segundo bis, veio a megabalada "Black"; foi o momento para colocar os isqueiros -e telefones celulares- para cima. Em "Jeremy", o vocalista desceu até o público, como um bom pregador.


Pearl Jam
    
Quando: hoje, no estádio do Pacaembu (SP), e amanhã, na pça. da Apoteose (Rio)
Quanto: de R$ 80 a R$ 150 (esgotados)


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