São Paulo, segunda-feira, 04 de fevereiro de 2008 |
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Mônica Bergamo @ - bergamo@folhasp.com.br
SALVADOR
A primeira faz tchans, a segunda faz tchuns... e lá se vão
cerca de R$ 30 mil para os bolsos de Cauã Reymond, Reynaldo Gianecchini e Bruno
Gagliasso, que desembarcaram em Salvador neste ano
em troca de cachê para uma
"ação": fazer a barba desaparecer no Carnaval na frente de
um monte de fotógrafos, num
"corner" que um fabricante
de aparelhos de barbear montou no camarote de Flora Gil,
mulher do ministro da Cultura, Gilberto Gil. O cachê dos atores, que não é divulgado e cujo valor não foi confirmado oficialmente, é segredo de polichinelo no camarote. Mas um certo mistério faz parte do negócio. Bruno Gagliasso, questionado sobre valores, abre um largo sorriso. Beija a mão da colunista e diz: "Tá querendo saber demais, né?" Maravilhada com seu mais novo amigo brasileiro, o empresário Marcus Elias, da Parmalat, a top model Naomi Campbell desembarcaria no fim da tarde de sábado em Salvador, louca para vê-lo outra vez. Marcus e a modelo trocaram beijo numa festa em SP, dias atrás. Naomi gostou. Já Marcus desembarcou na Bahia com sua namorada. Se alguns ganham para estar dentro dos camarotes, outros até pagariam para entrar. Na madrugada, a coluna deu uma rápida espiada na lista de autoridades que pediram convites para o camarote de Gil: só o ministro Geddel Veira Lima, da Integração Nacional, teve direito a doze. Dilma Rousseff, a dois, para assessores. O ministro Joaquim Barbosa, do STF (aquele da denúncia contra os 40 do mensalão) brilhava na lista, com dois: um para o filho, Felipe, e outro para uma amiga. "Me ofereceram e eu manifestei interesse, sim. Só não sabia que estaria impossibilitado no Carnaval", diz o ministro, que está se submetendo a um tratamento por causa de problemas na coluna. Ildi Silva, ex de Caetano Veloso, chega ao camarote de Gil. Posa com brindes de patrocinadores, fala de seu novo trabalho: "Eu vou ser a Dorothy de um seriado do Renato Aragão". E Caetano?: "Então... o Renato Aragão vai ser Didi." Caetano encontra Regina Casé. Mais magra, ela revela que nunca "fumou, cheirou, bebeu". E agora radicalizou: cortou o aspartame, "a pedido do meu pai". E o refrigerante. Preta Gil dá entrevista às dezenas de jornalistas que circulam no lugar. Fala de sua intenção de processar o "Pânico na TV", que a ironizou em cena em que uma atriz gorda a interpreta sendo "rebocada" da praia por um trator. "Me chamar de baleia... hellooooo! É um desrespeito com todas as mulheres! Quem disse que para ser cantora, boa mãe, boa amiga, precisa ser sarada?". Há um mês, por sinal, Preta mergulhou na malhação diária, "para ter saúde, e não para emagrecer.". Ela tem hoje 74 kg e 1,60 m. O personal trainer da cantora, Rafael Wincki, decreta: "Preta vai ser outra no próximo Carnaval!". A filha de Gil também reclama da "caretice" e de "rótulos". "Dizem que sou gorda, pegadora, polêmica. Gente, eu sou uma mulher normal, comum. Eu ainda nem beijei neste Carnaval!". Que, na sexta-feira, 1, apenas começava. RICARDO SALINAS
Folia de bilionário na Rocinha
À beira da piscina de Betsy
Monteiro de Carvalho, no Rio,
o bilionário mexicano Ricardo
Salinas está sentado com sua
mulher, María. Terceiro homem mais rico do México, com
uma fortuna de US$ 4,6 bilhões
(ficou em 172º na lista dos homens mais ricos do mundo da
revista "Forbes" de 2007), ele
veio ao Brasil para passar o Carnaval e ter diversas reuniões de
negócios.
Salinas vai abrir aqui um braço da rede de varejo Elektra, a maior do México, quer virar sócio do bispo Edir Macedo na TV Record no Brasil e importar conteúdo da emissora para sua TV Azteca (segunda maior de seu país), além de trazer para cá o banco Azteca. "A favela da Rocinha [no Rio] vai precisar de várias agências. É muito grande", disse à coluna, durante o jantar, na sexta-feira. FOLHA - Quais são seus projetos
para o Brasil?
FOLHA - O senhor vai mesmo instalar a Elektra no Nordeste?
FOLHA - Por que exatamente no
Nordeste?
FOLHA - O senhor já foi acusado de
ficar bilionário por cobrar altos juros
da população de classe baixa seu
país, o México.
FOLHA - A Elektra se parece com a
brasileira Casas Bahia?
FOLHA - E a crise dos EUA?
FOLHA - Como estão as negociações com a Rede Record?
FOLHA - Rogando ao bispo [Edir
Macedo], no caso?
Anfitrião da noite, Mario Garnero, da Brasilinvest, leva Salinas à mesa, onde beberica cerveja. "O governador Sérgio Cabral vai mandar um helicóptero nos pegar amanhã [sábado] para discutir sobre as agências da Rocinha", diz Garnero. Orquídeas e bromélias dividem o espaço na mesa com picadinho de carne e arroz. "Eu aaaaamo o Andrucha [Waddington]", dizia o produtor de filmes como "300" e "Os Infiltrados", Gianni Nunnari, que também dedicava elogios a Rodrigo Santoro e a José Padilha, de "Tropa de Elite". "Quando falei pro Stallone que eu estava no Rio, ele ficou maluco! Me perguntou se valia a pena vir ao Brasil divulgar "Rambo 4". Avisei que o "300" faturou milhões aqui." Em volta do DJ, os convidados dançam ao som de Tim Maia Racional: "We're gonna rule the world... [Nós vamos dominar o mundo]". O grupo de estrangeiros ficará no Brasil até o fim do Carnaval. (AF e DB, do Rio) com AUDREY FURLANETTO e DÉBORA BERGAMASCO, do Rio e DIÓGENES CAMPANHA, em São Paulo Texto Anterior: Horário nobre na TV aberta Próximo Texto: O rock vai à África Índice |
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