São Paulo, segunda-feira, 04 de fevereiro de 2008

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Crítica

Talvez seja hora de reavaliar "Raposa de Fogo"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Raposa de Fogo" (Max Prime, às 23h) ganhou minha antipatia no passado em boa parte por suas semelhanças e diferenças em relação a "Estradas do Inferno", outro filme envolvendo aviões, espionagem, URSS.
No filme de 1982, dirigido por Clint Eastwood, Mitchell Gant (o próprio Clint) é um veterano do Vietnã encarregado pela CIA de roubar um fabuloso avião criado pelos russos.
No filme que Joseph von Sternberg realizou em 1957, existe uma oficial russa, que foge da URSS num avião e desembarca nos EUA. E, quando ela tira a roupa de aviadora, lá está Janet Leigh absolutamente linda. Aí o que se segue é uma guerra fria sensual entre Janet e John Wayne, que dá num dos filmes mais eróticos da história.
"Raposa..." não tem dessa. É o velho Clint solitário que deve agir, carregando apenas seus males de veterano. Talvez seja hora de, à luz das maravilhas que Clint tem feito, reavaliar este filme do tempo em que a Guerra Fria agonizava.


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