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CINEMA
Filme de Sérgio Rezende participa de mostra paralela no evento alemão; 'Central' concorre a Urso de Ouro
Festival de Berlim divulga lista completa
AMIR LABAKI
da Equipe de Articulistas
Apenas duas produções brasileiras, "Central do Brasil" e "Guerra de Canudos", foram confirmadas nas versões definitivas das seleções oficial e paralela do 48º Festival Internacional de Cinema de
Berlim. O evento acontece entre os
próximos dias 11 e 22.
"Central", de Walter Salles,
participa da mostra competitiva,
tendo sua projeção marcada para
o sábado, dia 14. No dia seguinte,
será a vez de "Canudos", de Sérgio Rezende, passar no principal
ciclo paralelo, o Panorama.
A brasileira radicada em Nova
York Iara Lee vai apresentar seu
documentário "Modulations",
sobre música eletrônica, dentro
do Fórum do Novo Cinema. Doze
produções brasileiras recentes serão exibidas no mercado.
Vinte e quatro títulos concorrem
ao Urso de Ouro 1998. Quatro filmes do programa oficial serão exibidos fora de concurso: o thriller
"The Gingerbread Man", de Robert Altman, a animação "A Princesa Mononoke", de Hayao Miyazaki, a nova versão de "Grandes Esperanças", de Dickens, assinada por Alfonso Cuarón, e a comédia romântica "Sliding
Doors", de Peter Howitt.
É tímida a presença latino-americana no conjunto do festival. Somando tudo, chega-se a apenas
quatro títulos. Além dos filmes
brasileiros citados, há ainda dois
argentinos, um no Panorama
("Un Crisantemo Estalla en Cincoesquinas", de Daniel Burman),
outro no Fórum ("Invierno Mala
Vida", de Gregorio Cramer).
A redução é sensível. No ano
passado, por exemplo, o foco do
Fórum concentrou-se sobre a produção brasileira.
Neste ano, o Fórum destaca o cinema coreano. A produção independente alemã e a americana
também marcam forte presença.
"Mulher-Pantera Espera Tarzã",
de Rudolph Thomé ("O Filósofo"), é um dos destaques germânicos. Documentários como
"Uma Carta sem Palavras", de
Lisa Lewenz, são as principais
atrações "made in USA".
Cinco filmes selecionados pelas
mostras paralelas (Panorama e
Fórum) vão celebrar os centenários de nascimento de Bertolt
Brecht e Serguei Eisenstein. Ottokar Runze apresenta "Brecht 100
Anos", enquanto Jutta Brueckner
leva a Berlim "Bertolt Brecht -
Amor, Revolução e Outras Coisas
Perigosas".
A comemoração eisensteiniana
tem por carro-chefe "A Casa dos
Mestres", assinado pelo maior especialista no diretor de "Outubro", Naum Kleiman, e por Marianna Kireewa e Alexander Iskin.
O documentarista experimental
Oleg Kowalow aborda, em "Fantasia Mexicana", a mais marcante
frustração de Eisenstein. Por fim,
Dietmar Hochmuth busca uma
síntese em "As Diversas Faces de
Serguei Eisenstein". Além dos filmes, Eisenstein catalisa também
um simpósio internacional no
próximo dia 13.
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