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Consuelo de Paula faz leitura popular
da Redação
Um pouco da música folclórica
moçambicana vive em Pratápolis,
uma pequena cidade do sudoeste
do Estado de Minas Gerais. É de lá
que vem a cantora Consuelo de
Paula, que acaba de estrear em CD
com o álbum "Samba, Seresta e
Baião".
Com arranjos modernos, muitas
cordas e percussão inspirada na
batida africana, o disco passeia por
um repertório que reúne Ataulfo
Alves, Alceu Valença, Chiquinha
Gonzaga e Paulo César Pinheiro.
"A proposta é unir as três "almas"
da música popular brasileira numa
estética comum", disse a cantora
em entrevista à Folha.
O resultado é um trabalho homogêneo no que toca ao conceito e
ao formato, mas eclético nos vetores -ritmos, instrumentos, ambientações. Djembês, agogôs, caixas de congo e de folia, xequerês,
caxixis se acomodam com violões
e bandolins no que Consuelo pretende que seja uma leitura popular
da própria herança cultural popular, opondo-se a outros projetos.
"Nóbrega faz uma leitura erudita
do popular, existem também versões pop, com guitarras, do popular, mas a minha é popular do popular."
Todo acústico, o álbum (independente) é o seu primeiro trabalho gravado e marca seus primeiros passos como compositora.
"Componho inspirada nas congadas e músicas folclóricas africanas
que ouvi na infância."
Os congos ou congadas são festas
de coroação dos reis do Congo,
trazidas pelos escravos bantos e representadas até hoje em alguns lugares do Brasil, como o Vale do Jequitinhonha. (SC)
Disco: Samba, Seresta e Baião
Artista: Consuelo de Paula
Lançamento: independente (R$ 18, em
média)
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