DA REPORTAGEM LOCAL

Público e crítica, que raramente coincidem, igualaram-se na escolha do melhor filme e do melhor diretor brasileiros de 2005, promovida pelo Sesc, em São Paulo.
Deu "Cinema, Aspirinas e Urubus", do pernambucano Marcelo Gomes, sobre o encontro de um alemão que tenta escapar da Segunda Guerra Mundial e de um nordestino que quer fugir da seca, em 1942, no sertão brasileiro.
O vencedor divide espaço, a partir de hoje, com outros 45 títulos nacionais e estrangeiros lembrados pelos dois júris, no Festival Sesc dos Melhores Filmes, que ocorre até o dia 23, no Cinesesc.
Na categoria de melhor filme estrangeiro prevaleceu a diferença. A crítica apontou "Menina de Ouro" (EUA), de Clint Eastwood, enquanto o público ficou com "Marcas da Violência" (EUA), do canadense David Cronenberg.
Eastwood foi também o melhor diretor, segundo os críticos. O público elegeu o brasileiro Fernando Meirelles, pela direção do longa inglês "O Jardineiro Fiel".
A decisão de público e crítica voltou a ser idêntica para ator e atriz brasileiros : João Miguel, pelo Ranulpho de "Cinema, Aspirinas e Urubus", e Alice Braga, pela Karina de "Cidade Baixa".
Para os intérpretes estrangeiros, nova discordância. Críticos apontaram empate entre a caracterização do suíço Bruno Ganz como Hitler em "A Queda" e a do espanhol Javier Bardem como Ramón Sampedro, o paciente tetraplégico que luta pelo direito à eutanásia em "Mar Adentro".
Como atriz, os críticos preferiram Hilary Swank, a "Menina de Ouro". O público ficou com Bardem e com a inglesa Imelda Staunton ("O Segredo de Vera Drake"). (SA)


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