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CINEMA
Oitavo Cine PE - Festival do Audiovisual tem gênero como o preferido do público entre os filmes apresentados
Recife expõe em festival boa fase dos curtas de animação
MARCELO BARTOLOMEI
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE
Os quatro curta-metragens de
animação projetados na 8ª edição
do Cine PE - Festival do Audiovisual, que termina amanhã em
Olinda (PE), provam que a vocação brasileira para o gênero continua em expansão.
Depois do impulso dado pela
indicação do animador Carlos
Saldanha ("Gone Nutty") ao Oscar, a produção nacional tem conquistado platéias, como a do Cine-Teatro Guararapes, onde os
filmes são exibidos para um público de cerca de 3.000 pessoas
por noite durante o festival.
Segundo Alfredo Bertini, organizador do Cine PE, os curtas de
animação são os filmes mais bem
avaliados pelo público no site que
o festival mantém na internet.
Bertini, responsável pela escolha dos filmes que são exibidos
diariamente, disse que recebeu
seis curtas de animação para ver
antes de o festival começar.
Entre as animações, a mais recente é "O Fantasma da Ópera",
de Ale Machaddo, finalizada neste ano. Nela, encontram-se referências dos cartuns dos anos 40.
Produzidos no ano passado,
também concorrem ao prêmio os
curtas "A Moça que Dançou Depois de Morta" (Ítalo Cajueiro),
"O Curupira" (Humberto Avelar)
e "Portinholas" (criação coletiva
de 150 alunos de nove a 14 anos da
rede municipal de ensino do Espírito Santo).
Além de ser apresentado no cinema, o curta de animação capixaba, que é inspirado na história
de Ana Maria Machado, também
é um projeto social. Idealizado
pelas produtoras Beatriz Lindenberg e Lúcia Caus, organizadoras
do festival de cinema e vídeo de
Vitória, "Portinholas" é um trabalho de incentivo à criatividade e
inclusão social desenvolvido nas
escolas públicas.
Nos temas, os curtas de animação têm investido na cultura brasileira. "O Curupira" resgata a tradição folclórica com a história do
guardião da floresta. Já "A Moça
que Dançou Depois de Morta" é
baseado no cordel do artista popular pernambucano J. Borges e
feito em xilogravura.
Amanhã, o Cine PE abrirá mais
uma porta para a animação brasileira, ao premiar os curtas em
uma categoria exclusiva, como
não é comum nos festivais -exceto nos que se dedicam a esse tipo de filme, caso do Anima Mundi, por exemplo.
Os filmes também poderão ser
eleitos pelo público para o prêmio
do júri popular, onde disputariam
com os demais concorrentes, sejam curtas em 35mm ou em
16mm.
O jornalista Marcelo Bartolomei viaja a
convite da organização do 8º Cine PE
-Festival do Audiovisual
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