São Paulo, sexta-feira, 04 de maio de 2007

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Zweig previu Europa sem fronteiras

COLUNISTA DA FOLHA

Nascido em Viena, Áustria, filho de um industrial judeu, Stefan Zweig (1881-1942) foi um escritor fecundo e versátil. Escreveu poesia, teatro, ensaio e ficção, mas suas obras mais marcantes talvez sejam os estudos biográficos que dedicou a figuras como Dostoiévski, Nietzsche e Heinrich von Kleist. Este último, escritor alemão que se suicidou com a melhor amiga em 1811, teria servido de inspiração ao próprio suicídio de Zweig, em Petrópolis, com sua segunda mulher, Lotte.
Embora seus livros tenham sido traduzidos com sucesso em todo o mundo, e ocasionalmente levados para o cinema (como a novela "Carta de uma Desconhecida", filmada por Max Ophuls em 1948), Zweig é mais reconhecido por sua militância intelectual e política do que propriamente por sua literatura.
Humanista radical, inimigo das ditaduras de direita e de esquerda, o escritor foi um pioneiro da idéia de comunidade européia, preconizando um continente sem fronteiras, com uma moeda única e respeito à diversidade cultural e étnica.
Com o advento do nazismo, Zweig imigrou para a Inglaterra, depois para os EUA e finalmente para o Brasil. Sua primeira visita ao país, em 1936, inspirou o célebre livro "Brasil, País do Futuro". De volta ao Rio no início dos anos 40, Zweig teria tentado convencer o governo Vargas a ceder um pedaço do território nacional para o assentamento de judeus refugiados da Europa. (JGC)


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