São Paulo, sábado, 04 de junho de 2005 |
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Em 18 histórias, a espanhola Rosa Montero narra a alegria e a tragédia da paixão amorosa (In)felizes juntos
TEREZA NOVAES Folha - Por que há tanto interesse pelo tema amor? Rosa Montero - É preciso diferenciar o tipo de amor que estamos falando. A palavra amor é muito ampla. O meu livro trata da paixão, um tipo de amor determinado, que para mim não é nem sequer amor. O apaixonado não quer o outro. Como diz santo Agostinho, o que o apaixonado ama é o amor. É amar o amor, sentir-se apaixonado. É isso que busca o verdadeiro apaixonado, por isso ele não consegue ver o objeto amado. O apaixonado não vê a pessoa amada verdadeiramente, ele a inventa. Já amor, para mim, pode ser várias coisas: amar seus amigos, sua família e também amar seu companheiro, que é o amor cotidiano. É aquele que se baseia na realidade, na ternura e na cumplicidade, um amor muito difícil. Nem todo mundo está capacitado para ter e manter um amor assim. Mas o amor cotidiano me parece mais real, a paixão é uma invenção, um sonho, uma droga, um delírio maravilhoso. Texto Anterior: Programação de TV Próximo Texto: Infelizes juntos: Autora associa paixão ao individualismo Índice |
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