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Curadores superam limites
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LYON
Nesta edição da Bienal de Lyon,
sete curadores foram convidados
pelos diretores artísticos Thierry
Raspail e Thierry Prat para explorar a "cumplicidade" entre arte, literatura, música, dança, cinema,
fotografia e videogame.
"Nos interessa ir além das linguagens, além dos gestos, além
das imagens e dos sons. A bienal
busca restituir ao mundo sua
complexidade", afirmou Raspail.
A origem dos artistas e da arte
propriamente ficou em segundo
plano. A prioridade é ver o impacto de uma obra de arte que extrapola campos de especialização. O
desafio é expor dança como arte
contemporânea, música como escultura e palavra como instalação.
O resultado é ousado. Laurence
Dreyfus, curador que propôs relacionar arte e videogame na bienal
foi um dos mais bem-sucedidos.
Para ele, o mundo virtual representa um novo paradigma com
ressonância direta na arte contemporânea, em um processo que
teve início há 30 anos. "Uma nova
geração de "gamers" se impõe ditando de forma deliberada a recusa de se integrar a um código social. Hoje, artistas usam o videogame como modelos de simulação que colocam em xeque a distinção entre o que é real e falso",
afirma.
A obra de Robert Wyatt foi o
ponto de origem na proposta do
curador Richard Robert. "Ele trabalha a música, a imagem, a palavra de forma integrada." Foi em
torno dessa fusão, que o curador
explorou a música do próprio
Wyatt, de Frédéric Le Junter, de
Arto Lindsay e outros."
Jean-Marc Chapoulie é o curador que buscou o cinema para
mostrar o triunfo do imaginário
em produções paralelas à indústria como, por exemplo, na obra
de Pedro Costa. A dança de Cunningham inspirou a curadora
Yvane Chapuis a buscar artistas
que mostram de alguma maneira
que "a dança está em tudo".
(DR)
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