São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2000


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TRECHO

"Para eles (os Racionais MCs), a questão do reconhecimento e da inclusão não se resolve através da ascensão oferecida pela lógica do mercado, segundo a qual dois ou três indivíduos excepcionais são tolerados por seu talento e podem mesmo se destacar de sua origem miserável, ser investidos narcisicamente pelo "star system" e se oferecer como objetos de adoração, de identificação e de consolo para a grande massa de fãs que sonham individualmente com a sorte de um dia também virarem exceção.
Os integrantes dos Racionais dirigem-se à multidão de jovens da periferia a partir de um outro lugar: o lugar do semelhante. Para isto, necessariamente, apostam e concedem muito pouco à mídia. (...) Até mesmo o rótulo de artista é questionado, numa recusa a qualquer tipo de "domesticação". "Eu não sou artista. Artista faz arte, eu faço arma. Sou terrorista" (Mano Brown)."


trecho do ensaio "A Fratria Órfã", de Maria Rita Kehl, do livro "Função Fraterna" (ed. Relume Dumará), lançado ontem no Rio




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