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O PRODUTO
Produção é igual à estrangeira, para o bem e o mal
JOÃO LEIVA FILHO
Diretor de Produtos
da "Revista da Folha"
"Eu te Amo" e "Eu Sei que Vou
te Amar", de Arnaldo Jabor, chegam com as virtudes e os defeitos
da maioria dos lançamentos em
DVD. Na caixa dos produtos podemos ler: "Informações especiais: biografias, filmografias, palavra do diretor". Quem não está
familiarizado com o DVD pode
imaginar que em "biografias" vai
encontrar minidocumentários
sobre atores e diretor.
Nada disso. "Eu te Amo" traz
um minúsculo resumo das carreiras de Sonia Braga, Paulo César Pereio, Vera Fischer, Tarcísio
Meira e do próprio Jabor. As
"biografias" se limitam a quatro
ou cinco frases -literalmente.
No caso de Pereio, a biografia
acaba justamente quando a carreira do ator deslancha: "Em 64 é
convidado por Ruy Guerra para
atuar em "Os Fuzis", iniciando assim uma carreira cinematográfica das mais prolíficas". De útil
mesmo, os DVDs trazem as filmografias dos atores e do diretor,
o que ajuda o espectador a ter
uma idéia de suas carreiras.
O problema, porém, não é uma
exclusividade nacional. Muitos
lançamentos em DVD se limitam
a informações básicas. E que também precisam de binóculos para
serem lidas na tela de TV.
O que poderia ser melhor aproveitada é a apresentação dos filmes. Uma reportagem, uma resenha ou uma entrevista com o diretor cairiam bem. Seria uma
oportunidade de mostrar ao espectador, com algum didatismo,
o processo de criação dos filmes.
O que vemos, porém, é o próprio diretor apresentando, em
menos de 1 minuto, cada uma das
obras. Tempo apenas para Jabor
definir com um ou dois adjetivos
seus filmes e lembrar que eles foram um "sucesso de público".
De positivo, além das filmografias, a qualidade de som e imagem, sabidamente superiores às
do vídeo. E a bem-vinda chegada
do cinema nacional ao DVD.
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