São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010

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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO

"A Terapia" reflete dramas de identidade na Palestina

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cineasta palestino Raed Andoni sofre com uma persistente dor de cabeça. Ele resolve tratá-la com sessões de psicoterapia.
Filmadas por meio de um espelho, as consultas formam a espinha dorsal do filme "A Terapia".
Militante da causa palestina, Andoni passou um tempo na prisão. Quando saiu, não tinha ilusões e se afastou da militância.
Com ironia -e alguma austeridade-, ele investiga seu passado, se interroga sobre o seu lugar na sociedade palestina.
A dicotomia entre individual e coletivo é outro aspecto da busca de Andoni. Ele se sente diferente dos outros em um lugar onde todos integram um grupo e tomam posição clara contra Israel.
Não quer ser reduzido ao seu pertencimento nacional nem a qualquer outro grupo (resistentes, militantes).
Documentário em primeira pessoa, "A Terapia" levanta um feixe de questões que remetem a um problema maior: a impossibilidade de escapar à história -neste caso, a do drama palestino- quando se mergulha na história pessoal.


A TERAPIA
DIREÇÃO Raed Andoni
QUANDO hoje, às 14h, no Cine Olido
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO bom




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