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Musical "Hair" estreia no Rio em meio a supervalorização
Charles Möeller e Claudio Botelho dirigem marco da era hippie
MARCELO BORTOLOTI
DO RIO
A remontagem de "Hair"
estreia nesta sexta no Rio de
Janeiro depois de o musical
ter sido disputado entre produtores brasileiros.
Dois grupos pretendiam
encená-lo neste ano, e os direitos autorais, inicialmente
cotados em US$ 15 mil, mais
participação na bilheteria,
acabaram saindo por US$ 40
mil para Charles Möeller e
Claudio Botelho, que assinam a direção.
O súbito interesse não tem a ver com a temática da peça.
Seu brilho repentino está
ligado às engrenagens do
mercado. Em 2008, quando o
musical completou 40 anos,
foi feita uma montagem comemorativa no Central Park,
em Nova York. Com a boa repercussão, os produtores levaram o espetáculo para um
teatro fechado da Broadway
e a casa lotou em todas as apresentações.
O sucesso atiçou os produtores em todo o mundo.
A montagem brasileira custou R$ 5,5 milhões, sendo R$ 2 milhões via leis de incentivo fiscal.
Ao todo, mais de cem pessoas trabalham no espetáculo, que fica até fevereiro no
Rio antes de seguir para São Paulo.
Botelho, que traduziu as músicas e os diálogos, não fez nenhuma atualização no roteiro, de 1967.
"Apenas limpei algumas referências americanas que teriam pouca leitura", diz.
Para as novas gerações,
que não assistiram à montagem brasileira de 1969, dirigida por Ademar Guerra, e
cuja única referência é o filme "Hair", de Milos Forman,
considerado uma traição ao
musical, é uma oportunidade de conhecer o espetáculo que marcou uma geração.
HAIR
QUANDO estreia amanhã, no Rio
ONDE teatro Oi Casa Grande, no Rio (av. Afrânio de Melo Franco, 290, tel. 0/xx/21/2511-0800)
QUANTO de R$ 40 a R$ 150
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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