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Loteria do Reino
Unido beneficia
"boas causas"
MARCELO STAROBINAS
DE LONDRES
O mundo artístico do Reino
Unido tirou o seu bilhete premiado em 1993: naquele ano, o
governo decidiu criar uma Loteria Nacional, com vistas a arrecadar fundos para projetos
que, até então, não eram amparados por verbas públicas.
A loteria britânica funciona
hoje em nome de seis "boas
causas": artes, esportes, entidades filantrópicas, patrimônio
nacional, atividades ligadas à
virada do milênio e projetos
para a melhoria da "saúde,
educação e meio ambiente".
Estima-se que, de cada libra
(cerca de quatro reais) gasta
pelos apostadores, 28 centavos
são destinados a essas causas.
Assim, entre 1994 e 2001, organizações ligadas às artes de todo o país receberam cerca de
um quinto dos 10,5 bilhões de
libras arrecadados pelo esquema para as boas causas.
Os Conselhos das Artes de
Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são os órgãos encarregados de distribuir
esse dinheiro. Atuam com independência em relação ao governo britânico, embora tenham de seguir regras estipuladas por ele como, por exemplo,
a orientação de repartir de forma justa as verbas entre as diferentes regiões geográficas.
O incentivo ajudou a dar vida
a produções de pequeno e
grande porte em campos diversos, como cinema, teatro, música, literatura e artes plásticas.
Os fundos da loteria também
são direcionados à construção
de novas casas de espetáculos,
compra de novo equipamento
e reforma de museus e centros
culturais.
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