São Paulo, sábado, 05 de janeiro de 2002

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Loteria do Reino Unido beneficia "boas causas"

MARCELO STAROBINAS
DE LONDRES

O mundo artístico do Reino Unido tirou o seu bilhete premiado em 1993: naquele ano, o governo decidiu criar uma Loteria Nacional, com vistas a arrecadar fundos para projetos que, até então, não eram amparados por verbas públicas.
A loteria britânica funciona hoje em nome de seis "boas causas": artes, esportes, entidades filantrópicas, patrimônio nacional, atividades ligadas à virada do milênio e projetos para a melhoria da "saúde, educação e meio ambiente".
Estima-se que, de cada libra (cerca de quatro reais) gasta pelos apostadores, 28 centavos são destinados a essas causas. Assim, entre 1994 e 2001, organizações ligadas às artes de todo o país receberam cerca de um quinto dos 10,5 bilhões de libras arrecadados pelo esquema para as boas causas.
Os Conselhos das Artes de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são os órgãos encarregados de distribuir esse dinheiro. Atuam com independência em relação ao governo britânico, embora tenham de seguir regras estipuladas por ele como, por exemplo, a orientação de repartir de forma justa as verbas entre as diferentes regiões geográficas.
O incentivo ajudou a dar vida a produções de pequeno e grande porte em campos diversos, como cinema, teatro, música, literatura e artes plásticas. Os fundos da loteria também são direcionados à construção de novas casas de espetáculos, compra de novo equipamento e reforma de museus e centros culturais.



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