São Paulo, quinta-feira, 05 de janeiro de 2006

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TELEVISÃO

Governo vetou patrocínio a jornal de Casoy

João Miguel Jr./TV Globo
AMOR EM CRISE Diana (Fernanda Lima) e Ben Silver (Bruno Garcia) gravam cena de "Bang Bang", no ar no capítulo de amanhã, em que o caubói diz à mocinha que ela está tendo sintomas de quem está grávida

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

Insatisfeito com as críticas de Boris Casoy, o governo federal tanto pressionou a Record a intervir no "Jornal da Record" que, em agosto do ano passado, cancelou contrato de patrocínio do Banco do Brasil (BB) ao telejornal.
A informação foi confirmada por várias fontes da Folha na Record, mas a emissora nega, oficialmente, que tenha sofrido pressões. Diz que a justificativa do banco para suspender o patrocínio foi troca de agência de publicidade. A assessoria de imprensa do BB não comentou o assunto.
O Banco do Brasil era, desde 1999, patrocinador do "Jornal da Record". Apontado pelo telejornal como suspeito de ser provedor do esquema do "mensalão", trocou em agosto uma cota de patrocínio de R$ 1 milhão por mês por cerca de R$ 300 mil mensais em inserções avulsas. Como patrocinador, era o único banco a anunciar no "Jornal da Record".
As pressões começaram em 2004, quando o BB comprou ingressos de um show pró-finanças do PT. O contrato com a Record, até então renovado anualmente, passou a ser trimestral.
A coação governamental, no entanto, não foi a principal causa da rescisão do contrato de Casoy, na última sexta. Record e Casoy se desentenderam porque a rede queria tornar o telejornal mais parecido com o "Jornal Nacional".
Um profissional da equipe de Casoy diz que a direção da Record nunca censurou o telejornal.

OUTRO CANAL

Didático 1 A Globo começa a exibir sábado seu primeiro comercial para promover as transmissões da Copa do Mundo da Alemanha. Intitulado "Respeito" e criado pela W/Brasil, de Washington Olivetto, o filme troca a torcida pelo "hexacampeonato", palavra difícil para muita gente, pela frase "Me vê meia dúzia, Brasil".

Didático 2 O comercial é narrado pelo ator Dan Stulbach, o Zinque de "JK". Traz imagens de pessoas "reais", como se fosse um documentário, e fala dos "desejos" dos brasileiros, como respeito, segurança e dignidade. "Esperança eu ainda tenho. Faz uma coisa: me vê só alguns motivos pra ela não acabar", alfineta o texto.

Suspense Já é dúvida no SBT se o segundo horário de novelas próprias será inaugurado em abril, como se cogita na emissora. É mais provável que isso só ocorra no segundo semestre. O motivo: faltam investimentos em novos equipamentos digitais de alta definição.

Sacrifício A Globo está mantendo a estratégia iniciada em dezembro de encurtar "Bang Bang", que vai mal no Ibope, e assim reduzir o impacto negativo da produção em sua média diária de audiência. Anteontem, a novela das sete entrou no ar às 19h40 (foi até às 20h15). Antes, começava às 19h20. A seguir nessa toada, em breve o "faroeste" vai virar um "programete".


@ - dcastro@folhasp.com.br


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