São Paulo, sábado, 05 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros PAINEL DAS LETRAS JOSÉLIA AGUIAR joselia.aguiar@grupofolha.com.br Os novos russos A ficção russa é adorada pelo seu século 19 na mesma proporção em que seus novos autores são pouco conhecidos no Ocidente. A próxima Feira do Livro de Londres, no mês que vem, tem como principal foco apresentar os novos russos não só a editores ingleses como também a franceses, espanhóis ou brasileiros que estarão por lá. "O mercado de livros da Rússia se renovou nos últimos 20 anos", diz à Folha Alistair Burtenshaw, diretor da feira londrina. "Será a oportunidade de diminuir esse deficit literário", afirma Svetlana Adjoubei, diretora da Academia Rossica, uma das organizadoras. Ela destaca dez autores, de diferentes gêneros, que foram traduzidos há pouco ou estão prestes a sair em inglês: Boris Akunin, Victor Pelevin, Dmitry Glukhovsky, Dmitry Bykov, Sergei Kostin, Anna Starobinets, Olga Slavnikova, German Sadulaev, Sergei Lukyanenko, Ludmila Ulitskaya, Daniel Stein. Os três primeiros já foram publicados no Brasil. NO IPAD, 6,5 LIVROS POR USUÁRIO Mais de 100 milhões de e-books foram baixados para o iPad desde seu lançamento, há nove meses. Como foram vendidas 15 milhões de unidades, a média é de 6,5 livros por usuário. A informação é da Apple, a fabricante, que apresentou a nova geração do tablet na última quarta, nos EUA. A maioria foi baixada gratuitamente, estimam sites especializados. Egípcio fabular Conhecida como a editora que trouxe a ficção japonesa, a Estação Liberdade vai intensificar a publicação de autores árabes. O egípcio Gamal Ghitany, com "O Chamado do Poente", será o próximo. Editor da revista literária "Akhbar Al-Adab", tem uma prosa que trata de temas sociais e políticos em tom de fábula. Líbio disputado Hisham Matar foi disputado acirradamente, e acaba de mudar da Companhia das Letras para a Record, que vai publicar seu "Anatomia de um Desaparecimento". A obra, lançada há poucas semanas em Londres, onde vive hoje o autor, tem fundo autobiográfico: seu pai, dissidente do regime de Gaddafi, foi preso em 1990 e desapareceu. Kerouac no prelo A biografia de Jack Kerouac escrita por Barry Miles começou a ser editada pela José Olympio. Miles, que lançou o livro em 1999, também já contou a história de, entre outros, Allen Ginsberg e William Burroughs. TÍTULOS 10 mil é marca alcançada na última quinta no catálogo on-line da Libre (pequenas e médias editoras) Aventura italiana Quando se completam cem anos da morte de Emilio Salgari, em abril, a Iluminuras publica dois livros desse escritor-viajante, popular em sua época, o século 19: "O Rei do Mar" e "Iolanda, a Filha do Corsário Negro". Clássicos, e nem tanto Escolhido como curador editorial da portuguesa Babel, que chega agora ao país, o escritor Luiz Ruffato cuidará, entre outros, da coleção de clássicos brasileiros, que não será tão canônica como se podia prever. Entre as primeiras obras, há "Lucíola", de José de Alencar, e "Bom Crioulo", de Adolfo Caminha, mas também a pouco conhecida "A Falência", de Júlia Lopes de Almeida. EU BEBO, SIM "Selvagens Bebedeiras", de João Azevedo Fernandes, conta como se deu o embate etílico-cultural entre portugueses e índios nos séculos 16 e 17. Os nativos bebiam vinhos de frutas e cervejas de mandioca e milho. A obra sai em abril pela Alameda. Texto Anterior: Ficção/Não ficção Próximo Texto: Gravuras no Masp exibem idas e vindas da figuração Índice | Comunicar Erros

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