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Crítica
Velho Oeste é um desafio aos cineastas
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Esperava-se mais de "Silverado" (TCM, 22h; classificação
indicativa não informada). Afinal, o filme vinha de Lawrence
Kasdan, o prestigiado diretor
de "Corpos Ardentes" e "O
Reencontro". Estávamos em
1985, um bom momento para
esperar pelo renascimento do
western. E o elenco era o que
podia haver de prestigioso no
momento: Kevin Kline, Kevin
Costner, Danny Glover, Jeff
Goldblum, Brian Dennehy, entre outros.
Mas o tempo demonstrou
que era necessário mais do que
isso para justificar o gênero, algo que só nos anos 90 Clint
Eastwood conseguiria: um
olhar original não só para o
Oeste como para a história que
o cinema contou do Oeste.
O enfrentamento em Silverado entre os caubóis bons e a
tropa do xerife tem momentos
de beleza, sem dúvida, mas eles
não conseguem se impor à convencionalidade do olhar. O Velho Oeste, um desafio para os
pioneiros, tornou-se desde os
anos 70, mais ou menos, um desafio e tanto para cineastas.
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