JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Cortado do norte ao sul por belos vales, o Chile abriga um rico leque de diferentes microclimas para a viticultura. Nele, há desde cantos mais frios, como Leyda e Casablanca (onde brilham os brancos), até outros mais cálidos, como Colchagua -lugar em plena ascensão especialmente pelos tintos.
O vale, localizado a 150 km ao sul de Santiago, é sede de vinícolas de ponta do país, como a Montes, a Lapostolle ou a Viu Manent -uma empresa familiar que entrou no mundo dos vinhos finos na década de 90.
Hoje, a casa possui 260 hectares de vinhedos, dos quais nascem seus goles, modelados pelo neozelandês Grant Phelps e pelo chileno Juan Pablo Lecaros.
A Hannover (tel. 0/xx/51/ 3343-1195), que importa os Viu Manent, fez em São Paulo uma prova (conduzida pelo próprio Lecaros) que incluiu novidades da adega que devem aparecer em breve no mercado.
Nessa ala, agradou a edição 2005 do La Capilla, um cabernet sauvignon, amplo, untuoso, com sabor longo de frutas vermelhas e toques de alecrim e eucalipto (92/100).
Entre os que já se encontram por aqui, menção para dois Secreto 2006: um carmenère (macio, frutado com suave chocolate no fim de boca, 89/100, R$ 86) e um syrah, que combina groselhas, caramelo e mentol num paladar de boa complexidade (89/100, R$ 69, ambos à venda na Ville du Vin, tel. 0/xx/11/3045-8137).