São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002

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COPIÃO

Silvio Tendler devolve Glauber Rocha a Veneza

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

O cineasta Silvio Tendler se prepara para levar "Glauber, o Filme - Labirinto do Brasil" aos Novos Territórios do 59º Festival de Veneza, que ocorre de 29 de agosto a 8 de setembro. Há 22 anos, Veneza deplorou "A Idade da Terra". E Glauber vociferou contra a incompreensão, atacando a mostra e o vencedor Louis Malle.
"A poeira já baixou. As pessoas reconhecem que houve erro de avaliação. Glauber não aguentava mais a mesmice do cinema e fez um filme de ruptura", avalia Tendler.
Em 95 minutos, "Glauber, o Filme" se rende a uma constatação (a de que o cineasta baiano "é inapreensível") e procura fazer jogos com os quatro pilares de seu título: o diretor, o país, o cinema e a idéia de labirinto.
Tendler lamenta não ter podido citar em seu filme "Di", documentário em que Glauber registra o enterro de Di Cavalcanti, cuja exibição é interditada pela família do artista plástico.
"É pena, porque "Di" é um filme iluminado, uma super-homenagem carinhosa e também uma revolução na linguagem do documentário", diz.

"O DIABO A QUATRO" 1

Depois de trabalhar com André Techiné e Olivier Assayas na França, onde vive, Alice de Andrade (filha de Joaquim Pedro de Andrade e Sarah de Castro Barbosa) filmará seu primeiro longa de ficção no Brasil, em setembro. "O Diabo a Quatro" é uma "comédia ambiciosa", diz. O desafio: "Virar clichês do avesso", com "quatro personagens superclichês".

"O DIABO A QUATRO" 2

Alice de Andrade ainda define o elenco. "Precisamos de atores que funcionem juntos." Julia Lemmertz e Ney Latorraca estão confirmados. Participam Marieta Severo, Edson Celulari e André Valli.

BARRADAS NO BAILE 1

Luana Piovani, Alessandra Negrini, Mariana Ximenes e Lavínia Vlasak bem que se esforçaram. Com troca de figurino e maquiagem (para envelhecer), fizeram teste para "A Conspiração". O longa -de Alberto Magno, filho de Jece Valadão- é sobre o último baile da Ilha Fiscal.

BARRADAS NO BAILE 2

Magno pretende gastar US$ 17 milhões para fazer o filme (sim, 17 milhões de dólares), em sociedade com um produtor americano. Nem Piovani, nem Negrini, nem Ximenes, nem Vlasak foram aprovadas. O diretor nega o fiasco geral e diz que anuncia a protagonista este mês.

PRÊMIO

Arthur Omar está no júri do 37º Festival Internacional de Karlov Vary, que começou ontem, na República Tcheca, e vai até o dia 13. John Boorman e Amos Gitai são alguns dos convidados.

sarantes@folhasp.com.br



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