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FÓRUM CULTURAL MUNDIAL
Evento terminou ontem em São Paulo e terá continuidade por meio de um fórum virtual
Brasil e Jordânia disputam segunda edição
JANAÍNA ROCHA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Fórum Cultural Mundial chegou ao fim ontem com um ensaio
de disputa: a nova edição ocorrerá
em 2005, na Jordânia, ou no Brasil, em 2006? Segundo o membro
do conselho diretor, Ruy César
Silva, a definição sobre o local e a
data da segunda edição será dada
em agosto, com a reunião de todo
o conselho, no Brasil.
"A agenda do fórum ganha dimensões internacionais, e ações
locais se incorporam, como esse
encontro na Jordânia. A decisão
da próxima convenção global vai
considerar todas as sugestões, como o convite do rei da Jordânia e
o do governo do Pará, para ocorrer na Amazônia", afirma Silva.
Segundo o australiano Franz
Patay -representante da instituição sem fins lucrativos World
Culture Forum Alliance (WCFA),
que defende a segunda edição na
Jordânia-, o Fórum Cultural
Mundial em Amã contaria com o
apoio financeiro da Ford Foundation, assim como ocorreu em São
Paulo. "Acredito que a realização
do evento num país do Oriente
Médio possa contribuir para um
dos fins e uma das questões da
cultura, que é a paz", diz Patay.
Redes internacionais
A primeira edição do Fórum
Cultural Mundial lançou a Carta
de São Paulo, assinada pelos ministros da Cultura do Brasil, da
Espanha e do Mali, propondo a
ampliação de espaços de reflexão,
por meio de redes internacionais,
como a de promotores culturais
da América Latina e do Caribe. O
objetivo das redes é difundir as
iniciativas culturais por meio de
festivais e debates.
Também foi lançado um documento com diretrizes para uma
política cultural para os povos indígenas, apresentado à Unesco e
ao Ministério da Cultura. O principal objetivo é ampliar a interlocução entre o ministério e grupos
indígenas por meio de grupos de
trabalho.
O Fórum Cultural Mundial terá
continuidade por meio de um fórum virtual (www.fcm-network.net) em quatro línguas
(português, francês, inglês e espanhol), que vai reunir idéias relacionadas a todos os temas discutidos durante esses dias sobre cultura e catalogar informações sobre artistas, companhias, instituições, entre outras.
Essas foram algumas das muitas
propostas apresentadas no sábado, último dia de debates do evento, que contou com a participação
do cineasta argentino Fernando
Solanas e do diretor-geral do
Sesc-SP, Danilo Santos de Miranda, entre outros.
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