São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2004

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FÓRUM CULTURAL MUNDIAL

Evento terminou ontem em São Paulo e terá continuidade por meio de um fórum virtual

Brasil e Jordânia disputam segunda edição

JANAÍNA ROCHA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Fórum Cultural Mundial chegou ao fim ontem com um ensaio de disputa: a nova edição ocorrerá em 2005, na Jordânia, ou no Brasil, em 2006? Segundo o membro do conselho diretor, Ruy César Silva, a definição sobre o local e a data da segunda edição será dada em agosto, com a reunião de todo o conselho, no Brasil.
"A agenda do fórum ganha dimensões internacionais, e ações locais se incorporam, como esse encontro na Jordânia. A decisão da próxima convenção global vai considerar todas as sugestões, como o convite do rei da Jordânia e o do governo do Pará, para ocorrer na Amazônia", afirma Silva.
Segundo o australiano Franz Patay -representante da instituição sem fins lucrativos World Culture Forum Alliance (WCFA), que defende a segunda edição na Jordânia-, o Fórum Cultural Mundial em Amã contaria com o apoio financeiro da Ford Foundation, assim como ocorreu em São Paulo. "Acredito que a realização do evento num país do Oriente Médio possa contribuir para um dos fins e uma das questões da cultura, que é a paz", diz Patay.

Redes internacionais
A primeira edição do Fórum Cultural Mundial lançou a Carta de São Paulo, assinada pelos ministros da Cultura do Brasil, da Espanha e do Mali, propondo a ampliação de espaços de reflexão, por meio de redes internacionais, como a de promotores culturais da América Latina e do Caribe. O objetivo das redes é difundir as iniciativas culturais por meio de festivais e debates.
Também foi lançado um documento com diretrizes para uma política cultural para os povos indígenas, apresentado à Unesco e ao Ministério da Cultura. O principal objetivo é ampliar a interlocução entre o ministério e grupos indígenas por meio de grupos de trabalho.
O Fórum Cultural Mundial terá continuidade por meio de um fórum virtual (www.fcm-network.net) em quatro línguas (português, francês, inglês e espanhol), que vai reunir idéias relacionadas a todos os temas discutidos durante esses dias sobre cultura e catalogar informações sobre artistas, companhias, instituições, entre outras.
Essas foram algumas das muitas propostas apresentadas no sábado, último dia de debates do evento, que contou com a participação do cineasta argentino Fernando Solanas e do diretor-geral do Sesc-SP, Danilo Santos de Miranda, entre outros.



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