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Documentário
"Person" faz registro pessoal e poético
PEDRO BUTCHER
CRÍTICO DA FOLHA
O cineasta Luiz Sérgio Person morreu precocemente, aos
40 anos, em um acidente de automóvel. Deixou duas filhas lindas e uma obra curta, mas de
força e consistência muito raras no panorama do cinema
brasileiro. Em "Person", Marina, filha mais velha do cineasta,
presta uma bela homenagem
ao pai, com um filme pessoal e
poético.
"Person" poderia ser um belo
extra de DVD, mas é bem mais
que um apêndice à obra do cineasta. A diretora -que, além
de atriz e cineasta, trabalha na
MTV- apresenta e contextualiza com propriedade os filmes
do pai (entre eles as obras-primas "São Paulo S/A", de 1965, e
"O Caso dos Irmãos Naves", de
1967), mas não tem medo de
entrar em um terreno pessoal e
investigativo.
Antes de tudo, seu filme é a
história de uma filha que quer
recolher e organizar memórias
distantes e dispersas. Imagens
de uma festa de aniversário,
captadas em super-8, abrem
o filme.
Há os indispensáveis depoimentos de amigos e pessoas
que trabalharam com Person,
mas é a presença de Marina,
sua irmã Domingas e a mãe delas, Regina Jehá, que produz a
diferença e confere a "Person"
uma emoção ímpar.
PERSON
Quando: estréia hoje, às 21h02
Onde: Canal Brasil; livre
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