São Paulo, sábado, 05 de agosto de 2006

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Museu exibirá registros civis de famosos

Instituição mostrará certidões de nascimento, óbito ou casamento de personalidades como Senna e Santos Dumont

Acervo terá cópias de papéis obtidos em cartórios paulistas, mas idéia que se estenda a todo o país, com um museu nacional


REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Imagine um museu onde você poderá conhecer detalhes dos registros civis de diversas personalidades brasileiras e saber curiosidades como a idade, o local, a data e a hora de nascimento ou de morte de artistas, atletas ou políticos. Essas são algumas das particularidades do Museu do Registro Civil, que está em fase de criação pela Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo).
O museu vai expor quadros com cópias de certidões de nascimento, óbito ou casamento de pessoas famosas registradas nos cartórios paulistas. Ao lado, uma breve biografia com foto da personalidade e o número do registro no cartório compõem o quadro, que já está sendo feito pela associação.
A entidade ainda está levantado informações em todos os cartórios do Estado, e já conta com mais de 100 registros de nascimento ou de óbito, como é o caso da cantora Elis Regina, que morreu aos 36 anos, em São Paulo, em 1982.
O presidente da Arpen-SP, Antônio Guedes Netto, explica que o objetivo do museu é perpetuar a memória das personalidades brasileiras, mostrando a importância do registro civil na preservação da história do povo brasileiro.
Para Guedes, a criação do Museu do Registro Civil demonstra a importância do papel dos cartórios na vida do brasileiro, preservando a memória não só das personalidades, "mas de cada cidadão que tem seus documentos principais da vida guardados para sempre".

Pai da aviação
Entre as personalidades que a associação já possui as certidões estão políticos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-presidentes Washington Luís e Jânio Quadros, e o governador Mário Covas; artistas, como Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Regina Duarte; e esportistas, como Ayrton Senna e Emerson Fittipaldi.
A idéia de criar o museu partiu do tabelião do distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá (litoral de SP), Joaquim Rodrigues de Castro. "Sempre gostei desta função do registro civil que é preservar a memória da população brasileira. Acho isso essencial para o nosso país", explica Castro, que guarda em seu arquivo a certidão e o atestado de óbito do inventor Alberto Santos Dumont, pai da aviação.
O museu funcionará na sede da entidade, em São Paulo, e contará com a participação dos registradores civis de todo o Estado. Mas a iniciativa deverá se estender a todo o país, com um museu nacional de registros de personalidades.
Segundo a assessora jurídica da entidade, Lígia Queiroz de Macedo, como os cartórios ainda estão fazendo levantamento dos dados, a previsão é que os quadros com as certidões estejam prontos até o fim do ano. A idéia inicial é abrir a exposição primeiro aos associados da entidade para depois receber o público, sobretudo estudantes.


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