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Museu exibirá registros civis de famosos
Instituição mostrará certidões de nascimento, óbito ou casamento de personalidades como Senna e Santos Dumont
Acervo terá cópias de papéis obtidos em cartórios paulistas, mas idéia que se estenda a todo o país, com um museu nacional
REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Imagine um museu onde você poderá conhecer detalhes
dos registros civis de diversas
personalidades brasileiras e saber curiosidades como a idade,
o local, a data e a hora de nascimento ou de morte de artistas,
atletas ou políticos. Essas são
algumas das particularidades
do Museu do Registro Civil, que
está em fase de criação pela Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais
do Estado de São Paulo).
O museu vai expor quadros
com cópias de certidões de nascimento, óbito ou casamento
de pessoas famosas registradas
nos cartórios paulistas. Ao lado,
uma breve biografia com foto
da personalidade e o número
do registro no cartório compõem o quadro, que já está sendo feito pela associação.
A entidade ainda está levantado informações em todos os
cartórios do Estado, e já conta
com mais de 100 registros de
nascimento ou de óbito, como é
o caso da cantora Elis Regina,
que morreu aos 36 anos, em
São Paulo, em 1982.
O presidente da Arpen-SP,
Antônio Guedes Netto, explica
que o objetivo do museu é perpetuar a memória das personalidades brasileiras, mostrando
a importância do registro civil
na preservação da história do
povo brasileiro.
Para Guedes, a criação do
Museu do Registro Civil demonstra a importância do papel dos cartórios na vida do brasileiro, preservando a memória
não só das personalidades,
"mas de cada cidadão que tem
seus documentos principais da
vida guardados para sempre".
Pai da aviação
Entre as personalidades que
a associação já possui as certidões estão políticos, como o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, os ex-presidentes Washington Luís e Jânio Quadros, e
o governador Mário Covas; artistas, como Mário de Andrade,
Monteiro Lobato e Regina
Duarte; e esportistas, como
Ayrton Senna e Emerson
Fittipaldi.
A idéia de criar o museu partiu do tabelião do distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá
(litoral de SP), Joaquim Rodrigues de Castro. "Sempre gostei
desta função do registro civil
que é preservar a memória da
população brasileira. Acho isso
essencial para o nosso país", explica Castro, que guarda em seu
arquivo a certidão e o atestado
de óbito do inventor Alberto
Santos Dumont, pai da aviação.
O museu funcionará na sede
da entidade, em São Paulo, e
contará com a participação dos
registradores civis de todo o
Estado. Mas a iniciativa deverá
se estender a todo o país, com
um museu nacional de registros de personalidades.
Segundo a assessora jurídica
da entidade, Lígia Queiroz de
Macedo, como os cartórios ainda estão fazendo levantamento
dos dados, a previsão é que os
quadros com as certidões estejam prontos até o fim do ano. A
idéia inicial é abrir a exposição
primeiro aos associados da entidade para depois receber o
público, sobretudo estudantes.
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