São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2001

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TELEVISÃO

Capital externo vai alavancar TV, diz Ibope

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

A entrada de capital estrangeiro na mídia (TVs, jornais, revistas e rádios) brasileira vai aumentar o faturamento publicitário, incrementar a produção de conteúdo, gerar ganhos em escala, elevar a competitividade e a profissionalização e financiar novas tecnologias (como a TV digital).
São essas as conclusões do primeiro estudo sobre o impacto do capital estrangeiro na mídia nacional, realizado pelo Ibope Inteligência, nova empresa do grupo Ibope criada para comercializar análises e dados do instituto.
A pesquisa parte do pressuposto da aprovação de projeto de emenda constitucional que abre as empresas jornalísticas e de radiodifusão a até 30% de capital estrangeiro votante. O projeto, no entanto, está emperrado na Câmara dos Deputados, onde aguarda votação em plenário.
Segundo o Ibope Inteligência -que ouviu especialistas e tabulou dados e indicadores econômicos-, a participação da receita de publicidade em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) cresceria pelo menos 0,1 ponto percentual por ano. Em 2000, esse índice foi de 1,7% do PIB, ou cerca de US$ 9,1 bilhões. Mas, segundo o Ibope, poderia chegar a 2,5% em quatro anos. O aumento viria de novos anunciantes e de novos formatos.
O estudo avalia que o total de capital externo a entrar no Brasil não dependeria apenas do valor das empresas, mas de fatores macroeconômicos e do risco-país.

OUTRO CANAL

Enigma
Ex-diretor de especiais da MTV, Rodrigo Carelli lidera um projeto "secreto". Os profissionais contratados assinam cláusula de sigilo absoluto sobre o trabalho, deixam seus carros em um estacionamento no Morumbi e seguem numa van. Pelo perfil dos contratados, tem cara do novo canal para o público jovem da Globo.

Estratégia
A terceira edição do "No Limite", no Pará, vai ao ar de 21 de outubro a 16 de dezembro. Mas começa antes: no dia 14, o "Fantástico" dedicará um bloco inteiro para apresentar os participantes da competição.

Vazio
Apesar do nome, o Encontro Internacional de TV, que acontece no Rio, não tem nenhum estrangeiro entre os debatedores. Chris Cramer, da CNN, e Ron Simon, do Museu da TV de Nova York, não vieram, por causa dos atentados terroristas. E o ministro Francisco Weffort (Cultura), estrela da abertura do evento, faltou.

Lobbytel
Evandro Guimarães, vice-presidente das Organizações Globo, gastou muita saliva nesta semana para convencer deputados e senadores a desistirem de apresentar projeto de lei proibindo anúncios de telefônicas no ano que vem. Parlamentares acham que os códigos 15, 21 e 23, por exemplo, podem confundir os eleitores.

E-mail: daniel.castro@uol.com.br


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