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TELEVISÃO
Capital externo vai alavancar TV, diz Ibope
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
A entrada de capital estrangeiro
na mídia (TVs, jornais, revistas e
rádios) brasileira vai aumentar o
faturamento publicitário, incrementar a produção de conteúdo,
gerar ganhos em escala, elevar a
competitividade e a profissionalização e financiar novas tecnologias (como a TV digital).
São essas as conclusões do primeiro estudo sobre o impacto do
capital estrangeiro na mídia nacional, realizado pelo Ibope Inteligência, nova empresa do grupo
Ibope criada para comercializar
análises e dados do instituto.
A pesquisa parte do pressuposto da aprovação de projeto de
emenda constitucional que abre
as empresas jornalísticas e de radiodifusão a até 30% de capital estrangeiro votante. O projeto, no
entanto, está emperrado na Câmara dos Deputados, onde aguarda votação em plenário.
Segundo o Ibope Inteligência
-que ouviu especialistas e tabulou dados e indicadores econômicos-, a participação da receita de
publicidade em relação ao PIB
(Produto Interno Bruto) cresceria
pelo menos 0,1 ponto percentual
por ano. Em 2000, esse índice foi
de 1,7% do PIB, ou cerca de US$
9,1 bilhões. Mas, segundo o Ibope,
poderia chegar a 2,5% em quatro
anos. O aumento viria de novos
anunciantes e de novos formatos.
O estudo avalia que o total de
capital externo a entrar no Brasil
não dependeria apenas do valor
das empresas, mas de fatores macroeconômicos e do risco-país.
OUTRO CANAL
Enigma
Ex-diretor de especiais da MTV, Rodrigo Carelli lidera um
projeto "secreto". Os profissionais contratados assinam cláusula de
sigilo absoluto sobre o trabalho, deixam seus carros em um
estacionamento no Morumbi e seguem numa van. Pelo perfil dos
contratados, tem cara do novo canal para o público jovem da Globo.
Estratégia
A terceira edição do "No Limite", no Pará, vai ao ar de 21
de outubro a 16 de dezembro. Mas começa antes: no dia 14, o
"Fantástico" dedicará um bloco inteiro para apresentar os
participantes da competição.
Vazio
Apesar do nome, o Encontro Internacional de TV, que
acontece no Rio, não tem nenhum estrangeiro entre os debatedores.
Chris Cramer, da CNN, e Ron Simon, do Museu da TV de Nova
York, não vieram, por causa dos atentados terroristas. E o ministro
Francisco Weffort (Cultura), estrela da abertura do evento, faltou.
Lobbytel
Evandro Guimarães, vice-presidente das Organizações
Globo, gastou muita saliva nesta semana para convencer deputados
e senadores a desistirem de apresentar projeto de lei proibindo
anúncios de telefônicas no ano que vem. Parlamentares acham que
os códigos 15, 21 e 23, por exemplo, podem confundir os eleitores.
E-mail: daniel.castro@uol.com.br
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