São Paulo, sábado, 05 de outubro de 2002 |
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INÉDITOS
[OTTO]* OTTO: prisão da simetria O, mais que um círculo: começa e acaba sem princípio nem fim. O esburaca o branco firmamento de papel Limita cerca o branco no branco um certo vazio no vazio ilimitado. Otto: um O que grita vocálico e morre sem eco n'o átono. O O dois olhos espiam abertos (abertos ou fechados?) entre a balança de dois TT Telefônicos postes e fios que reclamam a livre continuidade: TTTTTTTTTTTTTTTTT portas colunas templo que um O e um O limitam e tiranizam: O TT O L AR A Clarinada Clara clarinada LAR AR ARA Lara Otto Lara Nasalmente Resende. Impronunciável R s n d que um E argamassa e organiza: Resende   Edneser Lara   Aral Otto   ottO Lara   araL Resende   edneseR OAE na perfeita simetria: Ott Lar Resend - o a e * Poema: data posterior a 30/3/69; sem assinatura; datiloscrito original; uma folha; 21,0 cm x 16,5 cm. Outra versão do poema tem disposição dos versos diferente desta e sem o trecho final a partir do verso "Impronunciável R s n d" 1Adendo à caneta, escrito invertendo a posição do papel, à margem direita: "Nunca teve a alegria de apresentar uma palavra a outra palavra. Na sua prosa, nunca um substantivo marcou um primeiro encontro com um adjetivo. Não era um casal; era uma aliança de dois egoísmos contra o mundo". Texto Anterior: Cinema: Ken Loach contesta classificação de filme Próximo Texto: A Obra Índice |
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