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LITERATURA
Escritora morreu ontem
Corpo de Rachel de Queiroz é velado no Rio
ADRIANA FREITAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA, NO RIO
Artistas, políticos e escritores e
principalmente membros da ABL
(Academia Brasileira de Letras),
acompanharam ontem o velório
de Rachel de Queiroz, realizado
na sede da ABL, no centro do Rio.
Segundo a irmã Maria Luiza de
Queiroz Salek, a autora passou
bem seu último dia de vida. "Conversamos muito na véspera. Estávamos resolvendo como seria a
homenagem que o Corpo de
Bombeiros faria a ela no dia 17,
quando completaria 93 anos."
Ainda segundo a irmã, Rachel
de Queiroz acordou de madrugada chamando pelos pais e o marido, já mortos. "Dizia que queria
voltar para o Ceará, pois estava
cansada." Foi constatada a morte
por infarto, enquanto ela dormia.
O enterro será realizado hoje às
9h, no cemitério São João Batista,
em Botafogo (zona sul do Rio).
Com a morte da escritora, a primeira mulher a entrar na ABL,
Lygia Fagundes Telles, 80, passa a
ser a acadêmica mais antiga.
O presidente da República em
exercício, José Alencar, expressou
em nota que "o pioneirismo dela
se manifestou também na abordagem de temas e colocação de
conceitos de grande influência na
modernização da literatura e dos
costumes de nosso país".
A escritora morreu no mesmo
dia em que, há 26 anos, assumiu a
cadeira número 5 da ABL. Em 6
de dezembro, estarão abertas as
inscrições para os candidatos.
Três cadeiras da Academia estão
vagas. A governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), decretou
luto oficial no Estado durante três
dias pela morte da autora.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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