|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TEATRO
Atriz está em "Noites Brancas"
Débora Falabella faz estréia em palcos
VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na carreira de Débora Falabella,
25, o teatro, curiosamente, passou
antes pelo cinema. Ela atuou em
pelo menos duas peças adaptadas
("Dois Perdidos numa Noite Suja", de Plínio Marcos, e "A Dona
da História", de João Falcão). A
estréia profissional nos palcos se
dá no drama "Noites Brancas"
(2003), produção mineira que faz
temporada a partir de hoje em
São Paulo, no teatro Vivo.
Dos contos mais lidos do russo
Fiódor Dostoiévski (1821-81)
-tornado clássico no cinema por
Luchino Visconti, em 1957-,
"Noites Brancas" compõe uma
espécie de triângulo amoroso.
O narrador, ser solitário e sonhador (Luiz Arthur), se enamora da adolescente Nástenka (Falabella), que encontra por acaso sobre uma ponte, aos prantos. Ele
vai servir de interlocutor para os
queixumes amorosos da moça,
apaixonada por um inquilino,
ávida por outros sentidos àquele
mundo que lhe foi apresentada
pela avó cega e pela criada surda.
"É por meio desse inquilino que
ela tem acesso a livros, ao teatro, à
ópera. Daí o encanto de Nástenka
pela possibilidade de ser feliz no
amor", diz Falabella.
A atriz mineira divide a produção com a cia. Odeon, de Belo Horizonte, cuja atriz e diretora Yara
de Novaes assina a encenação, ela
que passou há pouco pela cidade
com "O Coordenador". A adaptação do conto foi feita pelo escritor
Edmundo Novaes Gomes.
Somente agora, na temporada
paulistana, a produção conseguiu
patrocínio. "As pessoas têm um
certo medo de Dostoiévski, consideram-no um autor difícil, enquanto na Rússia ele é tão popular
que é indicado para adolescentes", diz Falabella, que também
está em "Senhora do Destino".
NOITES BRANCAS. De Fiódor
Dostoiévski. Cenário e figurinos: André
Cortez. Iluminação: Telma Fernandes.
Onde: teatro Vivo (av. Dr.Chucri Zaidan,
860, São Paulo, tel. 0/xx/11/3188-4147.
Quando: pré-estréia hoje, às 21h30,
apenas para convidados; sáb., às 21h, e
dom., às 18h; até 12/12. Quanto: R$ 40.
Patrocinador: Usiminas.
Texto Anterior: "Nina": Filme é xerox do cinema paulista dos anos 80 Próximo Texto: DVD/Crítica: Filme resume o universo de Luchino Visconti Índice
|