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Crítica
"Núpcias..." conquista por suas variantes
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Segundo a Hollywood dos
anos 30/40, recasar era melhor
do que casar. Era quase um ritual indispensável, na verdade.
Depois de se conhecer melhor,
marido e mulher percebem que
a convivência é impossível. Divorciam-se e buscam outras
opções.
Mas será que elas existem ou
interessam? Em filmes notáveis, como "Núpcias de Escândalo" (TCM, 22h; livre), a
mulher se cansa das estripulias
do marido e procura um sujeito
com temperamento diferente.
Com cabeça no lugar, como
costumam dizer as mães.
Ela (Katharine Hepburn, no
caso) está para consumar sua
nova e incolor felicidade por
meio do casamento, quando
ressurge em cena o ex, aqui na
pessoa de Cary Grant.
Ele aparece na condição de
repórter de uma revista que vai
fazer a cobertura do evento. Esse dado é relevante, pois a história (ex-marido, ex-mulher,
outro) é sempre a mesma. As
variantes fazem seu encanto. E
os atores. E a direção de George
Cukor, no caso, claro.
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