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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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"UM DUENDE EM NY"

Gump natalino fica bem longe do original

EDITORA DA FOLHINHA

Um sujeito ingênuo, um pouco estúpido -ou idiota- e com QI abaixo da média. De quem você se lembra? Não, não é o Forrest Gump, representado por Tom Hanks em 1994. Mas várias características unem o herói Gump-Hanks ao protagonista de "Um Duende em Nova York", que entra em cartaz hoje.
Trata-se de Buddy (Will Ferrell), que morava no Pólo Norte com Papai Noel e os duendes de sua fábrica de brinquedos. Como Forrest Gump, a personalidade de Buddy está conquistando o público nos EUA. Até o fim de semana passado, a bilheteria do filme já era de mais de US$ 130 milhões.
Na história, Buddy é adotado pela família natalina depois de ter entrado no saco de presentes, quando Papai Noel passava em seu orfanato. Papai Duende ficou encarregado de educar o menino, que se achava um duende gigante e especial.
Os duendes afastam Buddy da linha de montagem dos brinquedos, mas porque ele é desastrado e distraído.
A inadaptação deprime Buddy e comove os duendes, a ponto de Papai Duende e Noel lhe revelarem que ele foi adotado.
Na véspera do Natal, Buddy chega a Nova York, onde conhece finalmente os seres humanos.
Ao contracenar com as pessoas, Buddy tem os atributos que fazem dele o herói -ingenuidade, humor, generosidade, pureza- levados ao primeiro plano.
Mas suas atitudes são tão ingênuas que se tornam ridículas, assim como as de Gump.
Diferentemente de "Forrest Gump", "Um Duende em Nova York" não é um filme genial. Os motivos são os seguintes: a interpretação de Ferrell é simplista; o filme não tem acabamento, o enredo é de um sentimentalismo açucarado e redundante e a trama é previsível.
(MÔNICA RODRIGUES DA COSTA)


Um Duende em Nova York
Elf 
Direção: Jon Favreau Produção: EUA, 2003 Com: Will Ferrell, James Caan Quando: a partir de hoje nos cines Anália Franco, Bristol e circuito



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