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Sangue rebelde
Capitão Blood
Direção: Michael Curtiz
Aventura
"Capitão Blood" marca o início de um
namoro do diretor de
"Casablanca" (1942),
Michael Curtiz (1888-1962), com o cinema
histórico de aventura.
De 1935, ano de lançamento deste filme,
até 1940, Curtiz produziu quatro longas sob
esse diapasão, sendo o
mais famoso "As Aventuras de Robin Hood",
de 1938.
Nascido na Hungria,
Curtiz foi um cineasta
prolífico -fez mais de 60 filmes na Europa antes de ir para os EUA, em 1912,
onde rodou mais de cem longas- e pagou um preço por isso. Típico diretor a
serviço dos estúdios de Hollywood,
nunca se ateve a gêneros e fez filmes
sem grandes pretensões autorais, o que
resultou numa filmografia irregular, em
larga medida desprezada pela crítica.
"Capitão Blood", contudo, é um filme
nada desprezível. Tem os ingredientes
do cinema de entretenimento, declarado a partir da escolha dos protagonistas, Errol Flynn e
Olivia de Haivilland no
auge da juventude, mas,
sutilmente, faz uma crítica ao poder monárquico
e ao sistema colonial.
Para tanto, usa a história mirabolante de Peter
Blood, um médico acusado de traição ao rei James, no século 17, que é
mandado como escravo
a uma ilha caribenha, foge e se torna um pirata temido.
Uma aventura que resiste ao tempo.
O DVD: traz só cartazes do filme e um
clipe.
(GUILHERME WERNECK)
CLASSICLINE, R$ 35, EM MÉDIA.
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