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NA SECA
Bares do local não tinham alvará para venda de bebidas alcoólicas
Público reclama de falta de cerveja
ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
O único conflito na última
apresentação do Pearl Jam em
São Paulo, no sábado, ocorreu
entre o público da arquibancada
e das cadeiras numeradas e o da
pista. Em coro, uns gritavam
animados o quanto era melhor
assistir ao show sentado, enquanto a outra turma revidava,
dizendo que o bom mesmo era
ficar em pé, no gargarejo. De
resto, não houve tumultos nem
bebedeiras na apresentação.
A principal reclamação do público, aliás, era exatamente por
conta da ausência de cerveja,
que teve venda proibida porque
os bares do estádio não conseguiram alvará de liberação. "Esse é o primeiro show de rock
que não vende cerveja. Se soubesse, teria tomado mais do lado de fora", reclamava Enivaldo
Neves, 24, que veio de Belo Horizonte para assistir à banda.
Ele e a amiga Alexandra Souza, 19, de Indaiatuba (SP), chegaram ao Pacaembu às 9h30 e
esperaram numa "baita fila" até
o portão abrir, às 15h. Neves desembarcou em São Paulo na
manhã do sábado e iria direto
do estádio para a rodoviária,
onde pegaria um ônibus para
Minas. "É bastante cansativo,
mas vale a pena", disse ele.
Alexandra não teria a mesma
sorte. "Vou dormir na rodoviária, porque o ônibus [para Indaiatuba] só começa a rodar depois das cinco da manhã", contou. "Amanhã vou dormir o dia
inteiro, e ainda pretendo sair à
noite [no domingo]."
Outra animada dupla que veio
de longe era Esmereling Aires,
24, e Renato Carpel, 23, de Franca, cidade no interior paulista.
"Compramos os ingressos aos
47 do segundo tempo", falou
Carpel. "Levantamos hoje [sábado] às 5h, passamos em Ribeirão Preto para pegá-los e depois viemos para cá", contou.
Onde os dois iriam dormir? "Na
rodoviária, na rua, em qualquer
lugar", respondeu Carpel. "Tudo pelo rock"n'roll."
Foi também pelo rock que
Suryam, 25, viajou de São José
dos Campos para São Paulo.
"Depois do Iggy Pop [que se
apresentou no dia 25/11], só o
Pearl Jam para fazer um autêntico show de rock"n'roll", exclamou Suryam, que estava empenhado em ficar o mais próximo
do palco. "Cheguei à fila às 15h
para pegar um bom lugar."
Por volta das 17h, já era impossível circular na primeira
metade do gramado, por conta
da quantidade de pessoas coladas umas às outras para garantir
uma boa visibilidade. "Trouxe
uma mochila com lanche, salgadinho, Gatorade", disse Cinthia
Santine, 25, que chegou ao Pacaembu com a amiga Alessandra Cristina Gonçalves, 29, por
volta das 12h30.
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