São Paulo, quarta-feira, 05 de dezembro de 2007

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Crítica

"O Coronel e o Lobisomem" faz TV no cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O Canal Brasil desandou, nos últimos dias, a programar filmes interessantes. Eles podem ser desses que marcam uma geração, como "O Bandido da Luz Vermelha" (19h20), de Rogério Sganzerla, ou desses que permanecem na sombra apesar de suas virtudes evidentes, como "O Viajante" (22h), de Paulo César Saraceni.
Pode parecer um pouco sacrílego notar a presença ao lado deles, embora em outro canal, de "O Coronel e o Lobisomem" (TC Premium, 23h30). Trata-se de outro tempo (em relação sobretudo ao "Bandido", do final dos anos 60), é verdade.
É um filme de 2005, que corre atrás de seu público. Um filme de angústia: parece aspirar a minissérie e ao mesmo tempo rejeitar esse destino. Parece flertar com o prestígio da literatura (como a Embrafilme nos anos 70), mas cortejar um público acostumado à TV.
O filme de Maurício Farias não foge ao destino geral do cinema brasileiro mais recente, dilacerado entre ser culto e popular. Mas, não raro, pouco cinematográfico.


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