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MANCHETE
Funcionários não recebem os salários atrasados
da Sucursal do Rio
Os funcionários em greve da Rede Manchete ficaram ontem sem
receber um dos quatro salários
atrasados -como fora prometido
pela direção das empresas Bloch.
A Folha apurou que um atrito
entre as direções da Bloch e da
Fundação Renascer está afetando
o pagamento dos salários na TV. A
primeira quer que os US$ 4,8 milhões mensais pagos pela Renascer
para gerir a emissora sejam corrigidos pelo câmbio atual e não pelo
da ocasião da assinatura do contrato, quando o dólar custava R$
1,21. A Renascer não concorda.
A direção da Manchete não quis
explicar o motivo de não ter efetuado o pagamento ontem.
O acordo de gestão foi firmado
no dia 4 de janeiro entre as empresas Bloch e a RGC Produções Ltda.
(produtora pertencente à fundação), que passou a assumir a produção, operacionalização e comercialização da emissora, mediante o
pagamento mensal de US$ 4,8 milhões, durante 15 anos.
Ontem, a RGC Produções pagou
os 60% restantes do salário de janeiro aos funcionários da emissora
que não estão em greve.
Segundo o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, no dia 11
apenas os funcionários que não receberam o aviso prévio em setembro e outubro tiveram o adiantamento de 40%. Pelo acordo, a
Manchete continua responsável
pelo pagamento dos atrasados.
A Bloch tem mais de 3.000 funcionários, segundo sua assessoria,
incluindo a gráfica e as revistas.
Ontem à tarde, um grupo de cerca de 30 pessoas promoveu, em
frente à sede da emissora, na Glória (zona sul do Rio), o enterro
simbólico de Pedro Jack Kapeller,
presidente do grupo.
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