São Paulo, Sábado, 06 de Fevereiro de 1999
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MANCHETE
Funcionários não recebem os salários atrasados

da Sucursal do Rio

Os funcionários em greve da Rede Manchete ficaram ontem sem receber um dos quatro salários atrasados -como fora prometido pela direção das empresas Bloch.
A Folha apurou que um atrito entre as direções da Bloch e da Fundação Renascer está afetando o pagamento dos salários na TV. A primeira quer que os US$ 4,8 milhões mensais pagos pela Renascer para gerir a emissora sejam corrigidos pelo câmbio atual e não pelo da ocasião da assinatura do contrato, quando o dólar custava R$ 1,21. A Renascer não concorda.
A direção da Manchete não quis explicar o motivo de não ter efetuado o pagamento ontem.
O acordo de gestão foi firmado no dia 4 de janeiro entre as empresas Bloch e a RGC Produções Ltda. (produtora pertencente à fundação), que passou a assumir a produção, operacionalização e comercialização da emissora, mediante o pagamento mensal de US$ 4,8 milhões, durante 15 anos.
Ontem, a RGC Produções pagou os 60% restantes do salário de janeiro aos funcionários da emissora que não estão em greve.
Segundo o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, no dia 11 apenas os funcionários que não receberam o aviso prévio em setembro e outubro tiveram o adiantamento de 40%. Pelo acordo, a Manchete continua responsável pelo pagamento dos atrasados.
A Bloch tem mais de 3.000 funcionários, segundo sua assessoria, incluindo a gráfica e as revistas.
Ontem à tarde, um grupo de cerca de 30 pessoas promoveu, em frente à sede da emissora, na Glória (zona sul do Rio), o enterro simbólico de Pedro Jack Kapeller, presidente do grupo.


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