|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRÍTICA
Novo longa de diretor não é inesquecível
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
Vamos falar sério. "Dr. T e
as Mulheres", novo filme de
Robert Altman, não é inesquecível. Como todos os grandes cineastas que consolidaram suas
carreiras nos anos 70 e 80, sua
produção atual é irregular.
O autor dos grandes "M.A.S.H."
e "Nashville" consegue alternar
obras-primas como "O Jogador"
e "Short Cuts" com filmes apenas
OK como "Kansas City".
Infelizmente, "Dr. T" pertence
ao segundo grupo. Mas um Robert Altman menor é melhor do
que 90% dos filmes que você vai
ver neste ano. E o mais irônico.
"Dr. T e as Mulheres" é a tentativa
de Altman, um homem de 76
anos, de responder à irrespondível pergunta: o que querem as
mulheres? Para tanto ele cria o tal
dr. T (Richard Gere), ginecologista, um homem cordial vivendo
num mundo dominado por elas.
Tem a sua mulher legítima (Farrah Fawcett), que está maluca e
protagoniza uma das melhores
cenas dançando nua na fonte de
um shopping. Tem sua amante,
Helen Hunt, o Wilson Grey do cinema americano atual, aparecendo em quase todos os filmes. Tem
suas duas filhas, Kate Hudson e
Tara Reid, a primeira prestes a casar, mas mantendo um caso com
Liv Tyler. Sua cunhada alcoólatra,
Laura Dern. E um final de tirar a
respiração dos homens, que o diretor pediu para a imprensa não
revelar...
Dr. T e as Mulheres
Dr. T & the Women
Direção: Robert Altman
Produção: EUA, 2000
Com: Richard Gere, Helen Hunt, Liv Tyler,
Kate Hudson, Farrah Fawcett
Quando: a partir de hoje nos cines
Anália Franco, Central Plaza, Ibirapuera,
Lar Center, Morumbi e circuito
Texto Anterior: Crítica: Bastidor derrota o filme Próximo Texto: 6º Festival É Tudo Verdade - "Julliu's Bar: Filme desvenda universo GLS na Baixada Índice
|