São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2001

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CRÍTICA

Novo longa de diretor não é inesquecível

SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Vamos falar sério. "Dr. T e as Mulheres", novo filme de Robert Altman, não é inesquecível. Como todos os grandes cineastas que consolidaram suas carreiras nos anos 70 e 80, sua produção atual é irregular.
O autor dos grandes "M.A.S.H." e "Nashville" consegue alternar obras-primas como "O Jogador" e "Short Cuts" com filmes apenas OK como "Kansas City".
Infelizmente, "Dr. T" pertence ao segundo grupo. Mas um Robert Altman menor é melhor do que 90% dos filmes que você vai ver neste ano. E o mais irônico. "Dr. T e as Mulheres" é a tentativa de Altman, um homem de 76 anos, de responder à irrespondível pergunta: o que querem as mulheres? Para tanto ele cria o tal dr. T (Richard Gere), ginecologista, um homem cordial vivendo num mundo dominado por elas.
Tem a sua mulher legítima (Farrah Fawcett), que está maluca e protagoniza uma das melhores cenas dançando nua na fonte de um shopping. Tem sua amante, Helen Hunt, o Wilson Grey do cinema americano atual, aparecendo em quase todos os filmes. Tem suas duas filhas, Kate Hudson e Tara Reid, a primeira prestes a casar, mas mantendo um caso com Liv Tyler. Sua cunhada alcoólatra, Laura Dern. E um final de tirar a respiração dos homens, que o diretor pediu para a imprensa não revelar...


Dr. T e as Mulheres
Dr. T & the Women
   
Direção: Robert Altman
Produção: EUA, 2000
Com: Richard Gere, Helen Hunt, Liv Tyler, Kate Hudson, Farrah Fawcett
Quando: a partir de hoje nos cines Anália Franco, Central Plaza, Ibirapuera, Lar Center, Morumbi e circuito




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