São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2007

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Crítica

"As Safadas" foge do óbvio de hoje na TV

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Por que, numa Sexta-Feira Santa, eu preferiria um filme como "As Safadas" (Canal Brasil, 0h), a, digamos, "Os Dez Mandamentos" (Telecine Cult, 18h10)?
Porque "Os Dez Mandamentos" todo mundo sabe o que é, porque é e até como é. Está recomendado automaticamente.
"As Safadas" é bem o contrário: uma produção ínfima de A.P. Galante, que, durante um tempo de inflação desbragada, soltou três equipes a filmar ao mesmo tempo: prazo de seis dias e cinco rolos de filme cada.
Ao fim de um mês tinha o filme pronto. Há ali um belo episódio de Carlos Reichenbach. Mas deixemos de hipocrisia: o que me apaixona mesmo é o segundo episódio, que filmei em condições quase desumanas, com atores que quase se mataram para que se chegasse a algo decente.
Há ali coisas que me agradam, coisas que eu daria tudo para ter refilmado (não havia filme, nem tempo). E há um modo de produção econômico que abortamos, quando deveríamos aperfeiçoá-lo.


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