Grupo faz hoje e amanhã, em SP, show em homenagem ao maestro, tocando composições suas e de amigos célebres, como Pixinguinha e Jacob do Bandolim

DA SUCURSAL DO RIO

Radamés Gnattali (1906-1988) compôs peças sinfônicas e escreveu inúmeros arranjos de música popular para orquestras. Mas eram as pequenas formações o laboratório em que inventava com mais liberdade.
O quinteto que manteve por 33 anos (1952-85) vem sendo revivido desde 2000 e se apresentará hoje e amanhã no Auditório Ibirapuera. Formado por Maria Teresa Madeira (piano), Marcos Nimrichter (acordeom), Henrique Cazes (guitarra elétrica), Omar Cavalheiro (contrabaixo) e Oscar Bolão (bateria), o Novo Quinteto executará as partituras do maestro no show/concerto "Radamés Gnattali 100 Anos", título que remete à data comemorada no ano passado.
"Radamés precisava de uma turma que fosse do seu nível de eficiência. Antes, era o Quarteto Continental. Até que ele cedeu às pressões da rádio Nacional para ter um acordeonista na orquestra ao encontrar um craque, Chiquinho do Acordeom, que passou a formar o quinteto", conta Cazes, 47, que tocou com Radamés na Camerata Carioca e produziu o último disco de Chiquinho (1928-1993).
No repertório das apresentações estarão composições de Radamés, como "Amargura" e "Remexendo", e também de dois amigos e ídolos seus: Pixinguinha ("Sofres porque Queres" e "Urubu") e Jacob do Bandolim ("Alvorada", "Biruta"). O saxofonista Leo Gandelman participará de "Brasiliana", que gravou no seu último CD, "Radamés e o Sax".