São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011

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Natalie Cole faz turnê no Brasil e planeja CD latino

Cantora norte-americana, filha de Nat King Cole, inicia temporada com show no próximo dia 12, em Brasília

Apresentação em São Paulo será no dia 15; artista pode incluir canções brasileiras no próximo trabalho

CARLOS CALADO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Natalie Cole não vai se esquecer tão cedo dos quase dois anos em que foi obrigada a interromper sua carreira musical. Em 2008, a cantora norte-americana soube que havia contraído hepatite C.
Complicações em seu quadro clínico a levaram a enfrentar um transplante de rim no ano seguinte.
De volta aos palcos, a filha do cultuado Nat King Cole (1919-1965) inicia em Brasília (dia 12/4, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães) sua primeira turnê pelo país desde os anos 1990.
A temporada inclui Belo Horizonte (dia 13/4, no Palácio das Artes), São Paulo (dia 15/4, no Via Funchal) e Rio (dia 16/4, no Vivo Rio).
Até o fechamento desta edição, ainda havia ingressos para a apresentação em São Paulo.
Falando à Folha, de Miami (EUA), por telefone, Cole conta que neste show relembra canções de várias fases de sua carreira.
"Na última vez em que estive aí no Brasil, meu show era centrado em "Unforgettable", o álbum que dediquei ao repertório de meu pai. Desta vez também vou cantar outras coisas", avisa.
Já trabalhando na pré-produção de um novo disco, o primeiro desde "Still Unforgettable" (2008), no qual interpretou clássicos da canção norte-americana, ela revela que pretende fazer "algo diferente de tudo" que gravou até agora, para ser lançado ainda neste ano.
"Estou pensando em um álbum de música latina. Já cantei jazz, já fiz tributos à música do meu pai, já cantei R&B e pop. O que mais posso fazer de diferente?", diz ela, admitindo que poderá incluir canções brasileiras.
"Sabendo que a música do Brasil é tão importante e maravilhosa, não vejo razão para não contar com ela."
Sobre a cena musical de hoje, Cole não esconde sua insatisfação.
"Acho que falta talento. É surpreendente ver que hoje todo mundo no planeta acha que pode ser cantor. Isso é uma loucura. As pessoas até conseguem gravar um disco, mas, quando tentam entreter a plateia, quebram a cara. Eu não pagaria US$ 50 (R$ 80) ou US$ 60 (R$ 96) para ver essas pessoas num palco."
Admiradora declarada de Barack Obama, a cantora afirma que continua otimista em relação ao governo do presidente norte-americano.
"Ele é um homem que não disfarça quem é. Pode ter cometido alguns erros que deve ter lamentado, mas não se esconde atrás do cargo, como outros presidentes fizeram."
"Obama é um cara do bem que enfrenta uma oposição muito grande no país. Se isso acontece por motivos raciais, é algo que me parece muito triste e estúpido", diz.

NATALIE COLE

QUANDO 15/4, às 22h (em São Paulo)
ONDE Via Funchal (rua Funchal, 65; tel. 0/xx/11/3846-2300)
QUANTO de R$ 170 a R$ 400
CLASSIFICAÇÃO livre


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