São Paulo, quarta-feira, 06 de maio de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

George Lucas evoca nostalgia em "Loucuras..."

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em "Loucuras de Verão" (TCM, 23h35; classificação não informada) o que mais conta são duas datas: 1962, em que o filme é ambientado; 1973, quando é realizado. Entre os dois, a Guerra do Vietnã.
São apenas 11 anos, mas é um abismo. O bastante para que o espectador vislumbrasse esse fim de ano escolar, com bailes, paqueras e pequenas contravenções com a nostalgia de um paraíso perdido.
A inocência da América havia, de fato, sido perdida. Estávamos no coração, aliás, do sentimento de nostalgia, que fez o sucesso de vários filmes da época (e de época: todos remetiam a um passado mais feliz) e logo sairia de moda.
O mais interessante: verificar como George Lucas sempre soube sentir o que havia no ar. Apenas alguns anos mais tarde ele trocaria o passado pelo futuro, a nostalgia pela energia ("eu tenho a força") e nos lançaria à "Guerra nas Estrelas". Hoje pode-se ver o filme e sentir saudade da era pré-blockbuster do cinema.


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