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TELEVISÃO
Crítica
George Lucas evoca nostalgia em "Loucuras..."
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em "Loucuras de Verão"
(TCM, 23h35; classificação não
informada) o que mais conta
são duas datas: 1962, em que o
filme é ambientado; 1973,
quando é realizado. Entre os
dois, a Guerra do Vietnã.
São apenas 11 anos, mas é um
abismo. O bastante para que o
espectador vislumbrasse esse
fim de ano escolar, com bailes,
paqueras e pequenas contravenções com a nostalgia de um
paraíso perdido.
A inocência da América havia, de fato, sido perdida. Estávamos no coração, aliás, do
sentimento de nostalgia, que
fez o sucesso de vários filmes
da época (e de época: todos remetiam a um passado mais feliz) e logo sairia de moda.
O mais interessante: verificar como George Lucas sempre
soube sentir o que havia no ar.
Apenas alguns anos mais tarde
ele trocaria o passado pelo futuro, a nostalgia pela energia
("eu tenho a força") e nos lançaria à "Guerra nas Estrelas".
Hoje pode-se ver o filme e sentir saudade da era pré-blockbuster do cinema.
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