São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2000


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Chalmers cria baratas em cativeiro

DE LONDRES

Quando se fala na polêmica gerada pela arte contemporânea, poucos exemplos são mais ilustrativos do que o da fotógrafa norte-americana Catherine Chalmers.
Para sua mais recente exposição, "Baratas", na recém-inaugurada galeria Percy Miller, em Londres, Catherine construiu em seu apartamento, em Nova York, uma pequena casa para os insetos, com quarto, banheiro e cozinha. Ela mesma cuida das baratas. Quando precisa fotografá-las, as coloca no congelador.
"Quando as baratas congelam, elas ficam quietas e é fácil pintar suas asas e tirar as fotos", contou Catherine à Folha. "Depois que elas descongelam, voltam a viver normalmente."
A obra de Catherine, que fez mestrado em pintura na prestigiada Royal College of Art, de Londres, provoca reações apaixonadas. Muitas pessoas riem, outras saem correndo. As organizações ecológicas se dividem entre elogios e processos na Justiça.
"Isso é arte. Eu tirei os insetos de seu ambiente natural e recriei a realidade. Meu objetivo é mostrar a relação dos homens com os animais. O melhor exemplo são as baratas, porque não existe criatura mais odiada pelas pessoas do que elas", diz a fotógrafa.
Catherine fotografou as baratas em situações extremas. Uma delas está com as asinhas pintadas de amarelo, com uma abelha numa flor. Outra está sentada numa cadeira elétrica, eletrocutada. Um grupo de baratas aparece pendurado em forcas, executadas. (RB)


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