São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

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TEATRO

Jô e as criaturas

VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma, duas, talvez três gerações desconheçam que José Eugênio Soares fez carreira no teatro antes de ter sua imagem definitivamente associada à TV. Contracenou com Cacilda Becker, dirigiu ou interpretou autores fundamentais, como o romeno Ionesco e o sueco Dürrenmatt, e recebeu elogio "tão vasto quanto a sua circunferência" do crítico Décio de Almeida Prado. Afastado dos palcos desde o início dos anos 80, descontados os espetáculos solos ou shows musicais, faz dois meses que o apresentador Jô Soares, 64, está matando as saudades do teatro.
Ele prepara a montagem da comédia dramática "A Noite em que Mary Shelley se Encontrou com Charlotte Brontë e Frankenstein, com Jane Eyre". A peça promove uma curiosa reunião de criadoras e criaturas de dois clássicos da literatura inglesa. O autor é Eduardo Manet, 71, nascido em Cuba, radicado na França e só agora encenado no Brasil.
Jô não atua. Assina adaptação, direção e produção da peça, prevista para estrear no início de agosto, no Cultura Artística, em São Paulo. O papel da escritora Charlotte, a irmã de Emily Brontë ("O Morro dos Ventos Uivantes"), será vivido por Bete Coelho. Coube a Mika Lins a heroína do romance gótico, Jane Eyre. Paulo Gorgulho fará Frankenstein. A intérprete de sua criadora, Mary Shelley, ainda não foi escolhida.
Jô se diz entusiasmado em retomar o teatro, arte que aponta como base de sua trajetória, ele que também enveredou pela literatura, música, cinema e artes plásticas (sim, expôs na Bienal de SP em 1967).


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