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TV
SP deve liberar recursos
Audiência na Câmara discute crise da Cultura
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Fundação Padre Anchieta (mantenedora da
TV Cultura), Jorge da Cunha Lima, disse ontem que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) sinalizou a liberação
de parte dos recursos bloqueados
no início do ano para custeio e
manutenção da TV.
Segundo Cunha Lima, o governador, em reunião anteontem à
noite, "mostrou vontade de resolver os cortes complementares,
mas disse que recursos para investimento dependem da melhoria da arrecadação do Estado".
O presidente da Fundação Padre Anchieta participou ontem
pela manhã de audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília,
para discutir a crise da TV Cultura. Ele não citou o valor que pode
ser liberado pelo governo do Estado. No mês passado, a fundação
pediu a liberação de R$ 17,4 milhões para pagar dívidas com fornecedores, fazer reformas urgentes em suas instalações e investir
em equipamentos.
Aos deputados da Comissão de
Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, Cunha Lima
disse que dos R$ 89,9 milhões previstos no Orçamento do Estado
deste ano para a TV Cultura, parte foi bloqueada, inclusive R$ 8
milhões para investimentos, reduzindo o valor para cerca de R$
70 milhões. O corte também resultou na demissão de cerca de
250 funcionários em fevereiro.
O presidente da fundação defendeu a discussão de um novo
modelo de repasse de recursos às
emissoras públicas, que não dependa da arrecadação.
A medida também foi defendida pelo representante dos funcionários da Cultura, Maurício Monteiro. Para Monteiro, é preciso
criar um sistema que proteja as
emissoras públicas da interferência do Estado e de empresas comerciais do setor.
O deputado Jamil Murad (PC
do B-SP), autor do requerimento
da audiência, disse que o objetivo
da reunião foi detectar os motivos
da crise e tentar buscar alternativas aos problemas.
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