São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2006

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FASHION RIO

Raica quer casar de "véu e grinalda"

Modelo desfila no evento carioca, que começa hoje, e depois viaja à Europa para encontrar o namorado, Ronaldo

"Não posaria nua, não é uma coisa da qual eu me orgulharia", diz a top, que vai apresentar no Rio modelos da grife TNG

VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais assediada do que nunca, já que seu namorado é uma das estrelas da seleção brasileira nesta Copa do Mundo, a modelo Raica Oliveira, 22, dividirá com Gisele Bündchen o posto de musa do Fashion Rio. No evento, que começa hoje, na Marina da Glória, Raica desfilará com exclusividade para a TNG, grife que encerra a temporada carioca, no domingo. A maratona fashion terá 40 desfiles oficiais, mais 12 do Rio Moda Hype, dedicado a novos talentos. De Nova York, Raica contou, por telefone, que tem planos de se casar na igreja, de estudar psicologia e abrir um spa de beleza no Brasil. Ela disse que não se considera bonita e não quis falar de seu relacionamento com Ronaldo. Mas admitiu que vai à Europa, para, "se houver brecha, ver alguns jogos".  

FOLHA - Você vai tirar férias para acompanhar a Copa?
RAICA OLIVEIRA
- Depois do Fa- shion Rio, eu devo ir para a Europa, onde a seleção está concentrada, mas não vou parar por causa da Copa do Mundo. Tenho meus compromissos e vou cumpri-los normalmente. Se houver alguma brecha na minha agenda, eu gostaria de ver alguns jogos.

FOLHA - Você vai se encontrar com Ronaldo durante a Copa?
RAICA
- Eu não gosto de dar detalhes sobre a minha vida pessoal, prefiro não falar disso para evitar problemas. Não gosto de me expor, de alimentar fofocas.

FOLHA - Você pretende se casar e ter filhos em breve?
RAICA
- Sim, casar e ter filhos estão nos meus planos, mas não tenho uma data marcada para isso. Vou deixar acontecer.

FOLHA - Como você imagina o seu casamento?
RAICA
- Na igreja, com véu e grinalda, família reunida, isso tudo. Escolheria um modelo da Vera Wang, que faz vestidos de noiva lindíssimos, ou um da Carolina Herrera.

FOLHA - Você segue a moda?
RAICA
- Não, me visto de um jeito bem básico. Estou sempre de jeans, com uma blusinha, um casaquinho. Gosto das coisas da Chloé, da Stella McCartney, do Marc Jacobs e, no Brasil, da Raia de Goeye.

FOLHA - O que você pretende fazer quando deixar de desfilar?
RAICA
- Já tenho tudo meio planejado. Quero abrir um spa de beleza no Brasil e administrá-lo com a ajuda da minha mãe. Também gostaria de fazer faculdade de psicologia, tem muito a ver comigo.

FOLHA - Você acha que está no auge da sua carreira?
RAICA
- Não gosto de pensar assim. Ainda quero fazer muitas coisas, continuar trabalhando, conseguir contratos legais. Gostaria muito de fazer uma campanha da Chanel.

FOLHA - Que tipo de trabalho você não faria?
RAICA
- Não posaria nua. Nada contra quem faz, mas eu jamais me sentiria bem, não é uma coisa da qual eu me orgulharia.

FOLHA - Você se acha bonita?
RAICA
- Dizem que tenho uma beleza exótica, um rosto diferente. Mas, sinceramente, nunca me achei muito bonita. Só me convenci de que tenho certos atributos depois que a minha carreira decolou.

FOLHA - Você nunca foi do tipo magrela. Isso já te prejudicou?
RAICA
- Não. Na verdade, esse é um dos meus diferenciais.

FOLHA - O que você acha das campanhas contra a anorexia que estão acontecendo na Espanha e nos EUA?
RAICA
- Acho que as campanhas são ótimas, mas é preciso ficar de olho nas agências, nos bookers. Muitas meninas começam a viajar a trabalho com 15, 16 anos, ainda não têm personalidade formada e podem cair nas mãos de gente desonesta. Tem agência que manda as modelos passarem fome, diz que, se elas não perderem cinco, dez quilos, não vão conseguir trabalho. E as meninas, por serem muito jovens, acabam entrando nessa. Além disso, a presença de alguém da família é importante. Minha mãe sempre me acompanhou.


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