da Reportagem Local

O Ministério da Cultura lançou no final do mês de maio uma nova campanha de mídia que visa a adesão da pessoa física à lei de incentivo à cultura, a Lei Rouanet.
"Passamos os três últimos anos trabalhando para viabilizar e reforçar a Lei Rouanet. Do ponto de vista das empresas, a situação mudou da água para o vinho. Em 1994, entre 70 e 80 empresas utilizaram a lei. Esse número passou para 235 em 1995, 642 em 1996 e 1.072 no ano passado", disse José Álvaro Moisés, secretário de Apoio à Cultura.
Os valores em reais também acompanham essa evolução. Em 1994, R$ 15 milhões de renúncia fiscal foram utilizados em produção cultural. Em 1997, esse número pulou para R$ 199 milhões.
"Investir em marketing cultural é uma tendência internacional que, de certa forma, o Brasil já incorporou. O que falta é a consciência de que o cidadão pode investir em cultura. Nos EUA, por exemplo, cerca de 50% da produção cultural é financiada por pessoas físicas", acrescentou Álvaro Moisés.
Para exemplificar a viabilidade desse tipo de iniciativa no Brasil, o secretário cita o caso do Centro Cultural Farroupilha, em Porto Alegre, que foi construído apenas com a contribuição de pessoas físicas. Em São Paulo, dois museus, o MAM e a Pinacoteca, estão preparando correspondência para arregimentar doadores.
Segundo o secretário, a nova campanha atua em dois níveis, um mais pessoal e outro mais prático. "O primeiro é o investimento do cidadão em sua própria identidade cultural. O segundo é a construção de uma verdadeira linha de financiamento à cultura", disse.
Para obter mais informações sobre como proceder para efetivar doações, o contribuinte pode ligar para o tel. 0800-610909, deixar nome e endereço e aguardar o recebimento de uma cartilha com informações sobre o programa. Também pode obtê-las por meio do site do ministério na Internet (http://www.minc.gov.br). (CF)


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