São Paulo, terça-feira, 06 de agosto de 2002 |
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EM MEIO A BLABLABLÁ, CANDIDATOS PROPÕEM VOLTA DO ESTADO Cultura sob intervenção
FRANCESCA ANGIOLILLO SILVANA ARANTES DA REPORTAGEM LOCAL
Longe do calor dos debates, ao
menos em um aspecto os candidatos à Presidência concordam: o
Estado deve se mostrar mais
atuante na produção de cultura. Folha - Qual será a prioridade de
seu governo em política cultural? Ciro - Redefinir o papel do Estado nessa questão, fazê-lo ativo,
promotor de políticas públicas de
estímulo à produção cultural e da
ampliação do acesso desses bens.
É fundamental integrar cultura e
educação como um instrumento
de valorização do indivíduo. Serra - No meu governo, a cultura será tratada como uma prioridade do desenvolvimento social.
Cultura, na minha concepção, é
instrumento de afirmação das
identidades que constituem a nação e elemento de formação da cidadania. O seu desenvolvimento
gera riquezas e cria empregos. Garotinho - A política cultural de
meu governo se centrará na democratização do acesso e ampliação, descentralização e interiorização das ofertas. Vamos nos articular com o sistema de ensino. Folha - Qual é a sua avaliação sobre as leis de incentivo fiscal? Ciro - Trata-se de um mecanismo importante. Mas política cultural não é só a administração de
recursos incentivados. Os textos
originais das leis Rouanet e do
Audiovisual previam que o investimento incentivado fosse exclusivo do produtor independente. Serra - As leis de incentivo à cultura tiveram importante papel de
fomento, mas precisam ser corrigidas, no sentido de diminuir a
concentração dos seus benefícios,
já que 85% deles hoje são destinados a projetos no Sudeste. Garotinho - Consideramos as leis
de incentivo importantes instrumentos. Ressaltamos, porém, a
necessidade do aumento de recursos orçamentários diretos de
Estado e sugerimos redirecionar a
aplicação de recursos, com tetos
diferenciados para projetos em
áreas carentes e periféricas. |
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