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"Pré-geração" serve como inspiração
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Qualquer cantora hoje tem à
disposição todo o cânone da
música brasileira. A inspiração
pode vir de qualquer lugar e tomar qualquer rumo. Os artistas
não são mais definidos pelo que
cantam ou por suas influências,
mas pelo que fazem com isso.
Assim, é possível enxergar
certas características em comum entre as cantoras de nossa geração. Talvez a maior delas
seja a fuga do óbvio: saem as
canções de Chico Buarque,
Caetano Veloso e Tom Jobim
de sempre e entram composições próprias, releituras de outros artistas da mesma geração,
pérolas escondidas nos lados B
dos discos favoritos.
As Supernovas seguem esse
caminho com maestria, embora essa intenção já venha de um
tempo atrás: Vanessa da Mata,
Thalma de Freitas, Céu, Mariana Aydar e Roberta Sá são também cantoras novas, mas que já
têm caminhos mais definidos e
funcionam como influências
para quem surge agora.
Céu, que gravou seu disco de
maneira independente, quase
só com composições próprias,
foi lançada no exterior há pouco e já vendeu mais de 70 mil
cópias lá fora -mais que o dobro de sua vendagem no Brasil.
Roberta Sá, elogiada quase
unanimemente por imprensa e
público, se prepara para lançar
no dia 17 em São Paulo seu segundo disco, "Que Belo e Estranho Dia para se Ter Alegria".
Thalma de Freitas, que teve
um disco lançado por uma
grande gravadora em 1996, lançou um elogiado EP com gosto
de estréia em 2004 e desde então tem se dedicado à Orquestra Imperial e ocasionais trabalhos de atriz -mas nas horas
vagas já pensa em disco novo.
Vanessa da Mata, talvez a
mais conhecida dessa lista, acaba de lançar seu terceiro disco,
"Sim", com produção e composições excelentes e pessoais. O
disco saiu com 15 mil cópias,
um sonho para iniciantes.
Mariana Aydar, que encheu
três dias de shows no Auditório
Ibirapuera, coleciona elogios,
segue fazendo shows e participando de programas de TV.
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